UNIVERSAL MUSIC celebra os 80 anos de RAUL SEIXAS com álbum audiovisual repleto de releituras marcantes

Poucos artistas deixaram uma marca tão profunda e plural na música brasileira quanto Raul Seixas. Em 2025, ano em que o roqueiro completaria 80 anos, a Universal Music Brasil lançou um tributo audiovisual à altura de sua genialidade e ousadia: o projeto “Raul 80”. A iniciativa resgata alguns dos maiores clássicos de Raulzito em novas versões interpretadas por artistas de diferentes gerações, mantendo viva a essência do artista que transcendeu o tempo e o gênero musical.

Sob a direção musical de Rodrigo Suricato, o álbum é mais que uma simples homenagem — é um mergulho nas camadas sonoras, filosóficas e espirituais da obra de Raul. Gravado no Estúdio Claquete, no Rio de Janeiro, o projeto inclui sete faixas com novos arranjos e performances registradas também em vídeo, disponíveis no canal oficial de Raul Seixas no YouTube.

“Raul 80” é, portanto, um reencontro coletivo com o legado do artista que ousou desafiar padrões e questionar dogmas. Como diria o próprio Maluco Beleza, é uma celebração da “Sociedade Alternativa” — e de tudo o que ela representa.

Um tributo plural para um artista que nunca foi só um

A diversidade de vozes que compõe o projeto reflete a amplitude da obra de Raul Seixas. Ana Cañas, Baia, BNegão, Chico Chico, Maneva e o próprio Rodrigo Suricato emprestam suas interpretações para faixas que atravessaram gerações.

Cada artista traz sua própria leitura, respeitando o espírito original das canções, mas oferecendo novas texturas e atmosferas. Ana Cañas emociona com uma poderosa versão de “Metamorfose Ambulante”, que ainda conta com a participação especial de Rick Ferreira, guitarrista e parceiro de longa data de Raul. Já Suricato revisita “Cowboy Fora da Lei” com o gaitista Flávio Guimarães, dando ao clássico uma roupagem que equilibra rusticidade e sensibilidade.

Outro momento marcante é a releitura de “Tente Outra Vez” feita por BNegão, que imprime sua intensidade característica à mensagem de superação e resistência da canção. O cantor Baia revive “Gita”, explorando as nuances espirituais e poéticas da composição, enquanto Chico Chico oferece uma nova leitura para “Moleque Maravilhoso”, conectando-se à ternura e à rebeldia presentes na letra. Fechando o ciclo, a banda Maneva leva “Há 10 Mil Anos Atrás” para o universo do reggae, mostrando que a obra de Raul Seixas é tão mutante quanto eterna.

Essas interpretações, longe de serem meros covers, demonstram o poder de transformação e o alcance atemporal da música de Raul. Cada faixa é um portal aberto para o diálogo entre passado, presente e futuro.

Capa do tributo aos 80 anos de Raul Seixas. | Foto: Divulgação

A força da mensagem e o espírito de liberdade

O álbum “Raul 80” não se limita a regravar canções — ele recria a atmosfera que Raul defendia: a da liberdade artística e da busca pela autenticidade. Em tempos de fórmulas e algoritmos, o projeto surge como um lembrete da importância da individualidade e da coragem criativa.

A direção musical de Rodrigo Suricato costura essas diferentes linguagens em um fio condutor coerente, mantendo viva a energia que movia o Maluco Beleza. Suricato explicou que a intenção era “honrar a essência do Raul sem cair na armadilha da imitação”, e o resultado comprova esse equilíbrio: um trabalho que reverencia o original, mas não teme o novo.

A escolha por gravar em formato audiovisual reforça a proposta de imersão. Cada performance foi filmada com esmero, revelando não apenas as nuances das interpretações, mas também o diálogo visual com o legado de Raul. O público pode assistir a essas sessões no canal oficial do artista no YouTube, ampliando o alcance da homenagem e aproximando novas gerações da obra do roqueiro.

O encerramento do projeto é simbólico e potente: todos os artistas se unem em uma versão coletiva de “Sociedade Alternativa”, hino máximo da filosofia raulseixista. O gesto sintetiza a comunhão que Raul sempre pregou — uma celebração da diversidade, da ousadia e da arte como ato de resistência.

Raul Seixas, eterno e necessário

Aos 80 anos, se estivesse entre nós, Raul Seixas provavelmente continuaria desafiando convenções e provocando reflexões. Sua obra, repleta de ironia, espiritualidade e crítica social, permanece atual. “Raul 80” surge, assim, como um lembrete de que a música pode — e deve — ser instrumento de libertação.

Ao reunir artistas de gerações distintas, a Universal Music Brasil reafirma a importância de Raul Seixas como ponto de convergência na cultura nacional. Ele foi — e continua sendo — o artista que aproximou filosofia e rock, misturou baião com blues, e falou de amor e caos com a mesma intensidade.

Mais que uma homenagem, o projeto é uma reafirmação da permanência de Raul no imaginário brasileiro. Sua voz e suas ideias ecoam no tempo, inspirando músicos e ouvintes que ainda acreditam no poder transformador da arte.

Como canta o refrão de uma de suas obras mais emblemáticas, “eu prefiro ser essa metamorfose ambulante” — e “Raul 80” é justamente isso: um tributo vivo, pulsante e em constante movimento.

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