
Top 10 animações para adultos que vão além do humor
Entre distopias, crítica social e existencialismo, essas animações provam que desenho animado também é coisa séria.
LISTAS
Redação - SOM DE FITA
5/20/2025




Quando se fala em animação, muita gente ainda associa o gênero a desenhos infantis ou comédias escrachadas. Mas há muito tempo a animação deixou de ser sinônimo de piadas bobas e mascotes coloridos. No submundo das telas, existe um verdadeiro arsenal de produções que mergulham em temas densos, filosóficos, políticos ou existenciais — e que não têm nada de "fofas".
Seja no traço cru, na narrativa provocadora ou na crítica social embutida, essas animações são feitas para adultos que já entenderam que a arte pode ser psicodélica, caótica, emocional ou brutal — mesmo em forma de cartoon.
Confira abaixo uma seleção visceral com 10 animações adultas que ultrapassam o riso e cutucam o cérebro com força:
1. BoJack Horseman (EUA, 2014–2020)
Um cavalo antropomórfico decadente, ex-estrela de sitcom dos anos 90, tentando lidar com depressão, vício, vaidade e arrependimentos. Uma análise existencial disfarçada de comédia sarcástica, que faz você rir enquanto se desmonta por dentro.


2. Primal (EUA, 2019–2022)
Criada por Genndy Tartakovsky (Samurai Jack), essa é uma animação praticamente sem diálogos, mas com uma violência crua e uma carga emocional absurda. Um homem das cavernas e um dinossauro compartilham perdas e brutalidade num mundo selvagem e poético.




3. Undone (EUA, 2019–2022)
Misturando animação rotoscópica e ficção científica psicológica, "Undone" mergulha em saúde mental, traumas familiares e viagens no tempo. Visualmente hipnótica e narrativamente complexa, é uma experiência sensorial e filosófica.
4. Rick and Morty (EUA 2013–presente)
Sim, tem humor — e muito. Mas também tem uma camada de niilismo, crítica ao capitalismo, dilemas éticos e traumas familiares que fazem dessa série algo além da zoeira interdimensional. E quando bate, bate fundo.




5. O Conto da Princesa Kaguya (Japão, 2013)
Do Studio Ghibli, esse filme dirigido por Isao Takahata é uma obra-prima lírica sobre a efemeridade da vida, a natureza e a dor de não pertencer. A estética aquarelada dá o tom melancólico dessa animação devastadora.


6. Persepolis (França/Irã, 2007)
Baseada na autobiografia de Marjane Satrapi, essa animação em preto e branco retrata a Revolução Islâmica do Irã pelos olhos de uma jovem rebelde. É política, pessoal, feminista e visualmente poderosa.


7. Anomalisa (EUA, 2015)
Escrita por Charlie Kaufman, essa animação em stop-motion é tão realista em sua melancolia que chega a doer. Um homem imerso em tédio e desilusão encontra alguém que o faz sentir novamente — por um tempo. Uma animação sutil, triste e brilhante.


8. Love, Death & Robots (EUA, 2019–presente)
Essa antologia da Netflix é um laboratório de ideias e estilos visuais. Cada episódio é um soco diferente: da ficção científica punk à crítica social distópica, do erotismo surreal à brutalidade gráfica. É um deleite para mentes inquietas.


9. Tower (EUA, 2016)
Um documentário animado que reconstrói o massacre de 1966 na Universidade do Texas. Com técnica rotoscópica, a obra dá voz às vítimas e cria uma experiência de empatia e memória histórica rara no audiovisual.


10. Waltz with Bashir (Israel, 2008)
Um ex-soldado busca recuperar suas memórias da Guerra do Líbano. A animação serve como ferramenta para explorar o trauma, a culpa e o horror dos conflitos armados. Um dos filmes mais pesados e impactantes do gênero.
Essas animações provam que o desenho animado não é sinônimo de leveza. Pelo contrário — às vezes, é justamente o traço que permite mostrar as sombras da alma humana sem filtros. Prepare-se para rir, sim... mas também para sentir o peso da existência.
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