
TONNY IOMMI fala sobre o BALLET do BLACK SABBATH e lamenta ausência de OZZY: “É uma pena que ele não tenha visto”
Produção que une heavy metal e dança retorna em 2025 com nova turnê e promete emocionar fãs de todas as gerações
Redação - SOM DE FITA
9/9/2025






O encontro entre o peso do heavy metal e a elegância do balé continua a surpreender. O guitarrista Tony Iommi, cofundador do Black Sabbath, falou recentemente sobre o sucesso da produção Black Sabbath – The Ballet, uma parceria com o Birmingham Royal Ballet. A montagem, que estreou em 2023 e foi um verdadeiro fenômeno de público, volta aos palcos em 2025 para uma turnê pelo Reino Unido após passar por Europa e Estados Unidos.
Em entrevista à BBC, Iommi destacou a importância do projeto e não deixou de expressar sua emoção ao falar de Ozzy Osbourne, seu eterno companheiro de banda, que não pôde presenciar a homenagem. “É uma pena, de muitas maneiras, que [Ozzy] não tenha visto o balé porque ele queria ver”, declarou. “É a nossa vida e música”.
A fusão inesperada entre o metal e o balé
A ideia do espetáculo nasceu em 2020, quando o diretor do Birmingham Royal Ballet, Carlos Acosta, propôs a Iommi a adaptação da música do Sabbath para o universo da dança. O guitarrista relembra: “Eu não acreditei no começo, mas quando nos encontramos, o entusiasmo de Carlos foi incrível. Ele tinha a mesma vibração que eu sentia quando criava músicas, aquela excitação de dar vida a algo novo. Isso me deu confiança”.
O resultado foi um espetáculo em três atos que reimagina clássicos da banda, como “Paranoid”, “Iron Man”, “War Pigs”, “Black Sabbath”, além de faixas mais delicadas como “Solitude” e “Laguna Sunrise”. As músicas foram adaptadas pelo compositor Christopher Austin, vencedor do Tony Award, em parceria com a Royal Ballet Sinfonia e o guitarrista Marc Hayward, que se apresenta ao vivo em todas as sessões.
Austin descreveu o desafio como um processo intenso: “Criar a trilha para esse balé extraordinário foi uma jornada emocionante, e tudo começou com o maior presente de Tony: sua confiança em nós para honrar a música da banda”.
Sucesso absoluto e expansão da turnê em 2025
A temporada de estreia em 2023 foi um marco: ingressos esgotados, aplausos de pé e um público diversificado, composto tanto por fãs de metal quanto por espectadores que nunca haviam ido a uma apresentação de dança. “Ficamos impressionados com o sucesso incrível de Black Sabbath – The Ballet, que se esgotou em todas as sessões”, afirmou Acosta. “Agora, em 2025, vamos aumentar o volume para 11 com uma grande turnê no Reino Unido que vai surpreender todo mundo”.
A turnê começará em setembro no Birmingham Hippodrome, cidade natal do Black Sabbath, e seguirá para locais como o The Lowry em Manchester, o Sadler’s Wells em Londres e o Festival Theatre em Edimburgo. Cada apresentação contará com entrevistas em áudio de integrantes da banda, depoimentos de Sharon Osbourne e mensagens de fãs do mundo todo. O design sonoro também foi revisado para garantir ainda mais impacto.
Iommi reforça que o projeto reflete a essência criativa da banda: “O Black Sabbath sempre foi inovador e imprevisível, e nada é mais imprevisível do que isso. Foi incrível ver o que Carlos e a equipe do Birmingham Royal Ballet fizeram em 2023 — trazer nossa música à vida de uma forma que eu nunca imaginei possível”.
A herança cultural do Black Sabbath
Mais do que uma homenagem, o espetáculo também resgata as raízes do grupo em Birmingham. O primeiro show da banda aconteceu no pub The Crown, localizado a poucos metros da sede do Birmingham Royal Ballet. O local, ameaçado de demolição, foi recentemente preservado como patrimônio cultural.
Sharon Osbourne, empresária e esposa de Ozzy, também demonstrou entusiasmo: “Quando ouvi pela primeira vez que fariam um balé com a música do Black Sabbath, pensei: isso é totalmente inesperado. Quem imaginaria essa combinação? Mas é brilhante, é tão fora da caixa que se torna maravilhoso”.
A recepção calorosa abriu novas perspectivas. Segundo Acosta, 60% dos ingressos vendidos na primeira temporada foram comprados por fãs do Sabbath. Isso mostra que a fusão improvável entre balé e metal conseguiu expandir horizontes, atraindo públicos que antes não se cruzavam. “War Pigs ainda é tão relevante hoje quanto quando foi lançada”, destacou o diretor, reforçando o poder atemporal da música da banda.
Conclusão: arte que transcende fronteiras
O Black Sabbath – The Ballet mostra como a música pode atravessar fronteiras culturais e estéticas, unindo públicos distintos em torno da mesma experiência. Para Tony Iommi, a ausência de Ozzy Osbourne é um ponto de tristeza, mas também um lembrete da importância do legado do Sabbath. “Estamos trazendo nossa música de um jeito que nunca imaginamos. É emocionante ver a reação das pessoas, sejam fãs de balé ou de heavy metal. No fim das contas, tudo é criatividade”.
O projeto, que nasceu de uma proposta improvável, transformou-se em um fenômeno artístico e promete marcar novamente 2025 como uma celebração única da cultura britânica e mundial.
Foto: Katja Ogrin / Getty Images
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