THE DOORS celebram 60 anos com relançamento em 4K de documentário vencedor do GRAMMY
Filme “When You’re Strange”, narrado por Johnny Depp, ganha nova versão com performance inédita e homenagem global à banda
Redação - SOM DE FITA
10/24/2025




O legado do The Doors segue vivo seis décadas depois. Como parte das comemorações de seus 60 anos, a banda anuncia o relançamento do documentário vencedor do Grammy “When You’re Strange”, dirigido por Tom DiCillo. A nova versão, remasterizada em 4K pela primeira vez, promete uma experiência visual renovada para os fãs e trará conteúdos inéditos que celebram a influência duradoura do grupo de Jim Morrison.
A exibição mundial do filme está marcada para os dias 4 e 6 de dezembro, nos cinemas de diversos países. Além da restauração em altíssima definição, a nova edição contará com uma introdução especial de John Densmore e Robby Krieger, membros originais da banda, além da estreia exclusiva de uma nova performance de “Riders On The Storm”, gravada especialmente para o projeto em parceria com a iniciativa global Playing For Change.
Os ingressos estarão disponíveis a partir de 30 de outubro, às 6h (horário do Pacífico), 9h (horário de Nova York) e 13h (horário de Londres), no site WhenYoureStrangeMovie.com.
O retorno de uma obra essencial do rock
Lançado originalmente em 2009, “When You’re Strange” é amplamente reconhecido como um dos documentários mais profundos sobre o The Doors. Narrado por Johnny Depp, o filme mergulha na trajetória da banda entre 1965 e 1971, desde sua formação até a morte trágica de Jim Morrison. Com imagens raras e inéditas, o longa oferece um retrato íntimo do grupo que redefiniu o rock psicodélico com poesia, provocação e intensidade.
A produção explora não apenas o talento musical dos integrantes — Morrison (vocais), Ray Manzarek (teclados), Robby Krieger (guitarra) e John Densmore (bateria) —, mas também a revolução cultural que o quarteto inspirou. “A química entre quatro artistas fez do The Doors uma das bandas mais influentes da história americana”, destaca o comunicado oficial.
A nova remasterização em 4K promete uma imersão ainda mais vibrante, aprimorando cores, texturas e contrastes das imagens originais em película. Para os fãs de longa data, é uma chance de reviver a energia crua da banda com uma nitidez inédita; para as novas gerações, é uma oportunidade de descobrir o grupo que moldou o imaginário de toda uma era.
“Riders On The Storm” ganha nova vida e significado
Um dos destaques da celebração é a nova gravação de “Riders On The Storm”, um dos clássicos mais icônicos do The Doors. A faixa foi reinterpretada por Densmore e Krieger, que se unem a artistas convidados em uma performance colaborativa intitulada “Song Around The World”, criada pelo coletivo Playing For Change — conhecido por conectar músicos de diversos países em projetos que celebram a união por meio da música.




“Esta canção é uma homenagem ao legado atemporal do The Doors”, afirmam os produtores do Playing For Change. “É uma celebração da esperança, da conexão e da força transformadora da música.”
A nova versão reúne mais de 20 músicos e dançarinos de oito países, incluindo nomes como Lukas e Micah Nelson, Sierra Ferrell e Rami Jaffee, do Foo Fighters. Desde o primeiro compasso do grupo Lakota Drum, que introduz a canção com batidas ancestrais, até o clímax instrumental repleto de nuances contemporâneas, a performance reafirma o poder da música como linguagem universal.
Além de celebrar o 60º aniversário da banda, a iniciativa também tem um propósito social. Parte dos recursos arrecadados ajudará a sustentar a primeira escola de música da Playing For Change Foundation construída nos Estados Unidos, voltada ao fortalecimento de comunidades indígenas. O projeto reforça a missão de preservar tradições culturais e garantir que as novas gerações continuem inspiradas pelos ritmos e histórias que deram origem a essa jornada.
60 anos de rebeldia, poesia e liberdade criativa
Desde sua estreia em 1965, o The Doors se tornou um dos símbolos mais poderosos da contracultura americana. Com letras provocativas, experimentações sonoras ousadas e a presença hipnótica de Jim Morrison, a banda rompeu fronteiras entre poesia e rock, influenciando gerações de músicos e artistas.
Faixas como “Light My Fire”, “Break On Through (To the Other Side)” e “Riders On The Storm” permanecem como pilares da história do rock, ecoando nas rádios, trilhas de filmes e palcos do mundo todo. Em apenas seis álbuns de estúdio, o grupo deixou uma marca irreversível na música popular, vendendo mais de 100 milhões de discos e conquistando o status de ícones da liberdade artística.
Mesmo décadas após o fim prematuro de Morrison, o The Doors continua sendo reverenciado. A banda foi incluída no Rock and Roll Hall of Fame em 1993, recebeu o Grammy Lifetime Achievement Award e ganhou uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood em 2007 — reconhecimentos que atestam a força duradoura de sua arte.
Com o relançamento de “When You’re Strange”, o The Doors reafirma seu lugar na história: não apenas como uma banda, mas como um fenômeno cultural que continua a inspirar novas gerações de músicos, cineastas e sonhadores.
A chama que nunca se apaga
Seis décadas se passaram desde que quatro jovens de Los Angeles decidiram desafiar convenções e abrir novas portas na música. Hoje, com o relançamento em 4K de “When You’re Strange”, o The Doors celebra mais do que uma história — celebra um espírito.
A força poética de Jim Morrison, o talento visionário de Ray Manzarek, a criatividade de Robby Krieger e a pulsação de John Densmore continuam ecoando como um convite à liberdade. Em tempos de incerteza, o som do The Doors lembra que a arte ainda é um espaço de resistência, conexão e transcendência.
Como diz a letra de “Riders On The Storm”, “há um assassino na estrada” — mas também há beleza, introspecção e humanidade. E é exatamente essa mistura de sombra e luz que faz do The Doors uma banda eternamente viva.
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