Teatro MARIE PADILLE é inaugurado em Alexânia com proposta cultural multifacetada
Novo espaço às margens da BR-060 abre as portas com programação que vai da música sinfônica ao teatro contemporâneo
Redação - SOM DE FITA
12/2/2025




A cidade de Alexânia, localizada no trajeto estratégico entre Brasília e Goiânia, adiciona um novo capítulo à sua cena cultural. O Teatro Marie Padille, inaugurado nesta sexta-feira (28), surge como um equipamento pensado para receber tanto moradores quanto viajantes que circulam pela BR-060, incorporando-se ao conjunto de atrações locais que incluem artesanato, comércio regional e paisagens naturais já conhecidas dos turistas. A abertura oficial integra um projeto maior, idealizado pela empresária e advogada Edna Pinato, que busca fortalecer o município como ponto de efervescência artística contínua.
Mais do que apenas uma sala de espetáculos, o Marie Padille nasce com a proposta de funcionar como um centro cultural completo, reunindo diferentes linguagens e serviços que conversam entre si. A construção recebeu apoio de diversas personalidades do meio artístico, entre elas Alcione, Fábio Porchat e o maestro Cláudio Cohen, que manifestaram entusiasmo com o espaço e sua função de expansão cultural no entorno do Distrito Federal.
Com 120 lugares, dez camarotes, escolas dedicadas à formação artística e áreas voltadas a eventos e gastronomia, o teatro pretende estimular a circulação cultural da região e se colocar como um ambiente de criação, ensino e difusão. A estreia oficial marca não só a abertura do prédio, mas também o início de uma programação que se estende até março e que pretende apresentar ao público uma variedade de produções.
A criação do Teatro Marie Padille e sua função regional
Pensado para atender tanto ao público local quanto aos viajantes que utilizam a rodovia, o Teatro Marie Padille foi estruturado como um espaço acessível e integrado a diferentes frentes artísticas. A escolha de Alexânia não é acidental: a cidade há anos tenta consolidar-se como polo turístico e cultural entre duas capitais e o novo teatro surge como reforço dessa estratégia.
O projeto arquitetônico e funcional prioriza a versatilidade. Os 120 lugares e dez camarotes foram planejados para acomodar produções de diferentes portes, enquanto a Escola de Artes e a Escola de Teatro devem atuar como bases de formação contínua, estimulando talentos locais e oferecendo cursos e oficinas ao longo do ano. A presença de um espaço para eventos, um ambiente agroecológico e um restaurante amplia o caráter multifuncional do complexo, permitindo que o local receba shows, peças, exposições, encontros comunitários e ações educativas.
Segundo a idealizadora Edna Pinato, a proposta é criar um espaço que dialogue com o público diverso da região e que ajude a movimentar o circuito entre Brasília, Águas Claras, Taguatinga, Valparaíso, Cidade Ocidental e toda a zona lindeira da BR-060. O apoio recebido de artistas consagrados, como Alcione e Fábio Porchat, reforça a intenção do projeto de se transformar em um ponto de referência para quem transita entre Goiás e o Distrito Federal.



O Teatro Marie Padille estreia como novo centro cultural, celebrado por artistas como Alcione, Fábio Porchat e Cláudio Cohen — Foto: Reprodução

Gala Inaugural abre programação com música sinfônica, teatro e grandes nomes
A programação de estreia — denominada Gala Inaugural — começou com o espetáculo “O Melhor dos Melhores” e seguirá até março, apresentando ao público uma curadoria que mistura vertentes artísticas e prioriza montagens que conversam com diferentes faixas etárias e estilos. A intenção é marcar presença desde o primeiro dia, apresentando variedade suficiente para mostrar o potencial do espaço.
Entre os destaques está a apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, um dos principais conjuntos instrumentais do país. A participação aponta o esforço da curadoria em integrar grandes instituições culturais brasileiras à programação regional. O maestro Cláudio Cohen, que já havia manifestado apoio à criação do teatro, reforça a importância de expandir produções para além dos centros tradicionais.
Também integram a agenda a Banda Sinfônica de Aparecida, o espetáculo “E o Amor Criou Asas”, estrelado por Aretha Marcos, e uma montagem especial de “O Mágico de Oz”, assinada pela Cia. Carol Dornas. Com essa seleção, o teatro busca atingir desde quem se interessa por música erudita até o público que procura produções familiares e teatro musical.
A ideia é que a Gala Inaugural funcione como um recorte do que o Marie Padille deseja oferecer nos próximos meses: diversidade, constância e participação de nomes já estabelecidos, sem perder o foco na formação e na circulação de novos artistas.
Impacto esperado na cena cultural e turística de Alexânia
A inauguração do Teatro Marie Padille não representa apenas uma nova sala de espetáculos, mas um movimento que pode alterar a dinâmica cultural da região. A localização às margens da BR-060 permite uma visibilidade natural, já que milhares de pessoas transitam diariamente pela rodovia em viagens entre Brasília e Goiânia. Com sua estrutura, o espaço tem potencial para se tornar parada obrigatória para quem busca cultura no meio do caminho.
O teatro também pode aquecer setores paralelos, como gastronomia e hospedagem, já que eventos regulares tendem a atrair público externo. O comércio artesanal da cidade, que já funciona como ponto turístico, também deve se beneficiar da maior movimentação.
No campo artístico, a presença de escolas internas promete estimular a produção local, oferecendo oportunidades de formação que antes exigiam deslocamento para capitais. Ao reunir ensino, apresentações e convivência em um único complexo, o Marie Padille cria um ecossistema que favorece a criação e a profissionalização.
Com a Gala Inaugural avançando pelos próximos meses, o teatro começa sua trajetória com uma base sólida e a expectativa de se consolidar como um equipamento cultural relevante para Goiás e Distrito Federal. A continuidade das programações será determinante para transformar o espaço em mais do que um lançamento — mas um ponto permanente de encontro entre artistas, moradores e viajantes da BR-060.
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