
Steve Harris abre o jogo sobre liderança e os altos e baixos do Iron Maiden
Baixista e fundador da banda fala sobre sinceridade como ferramenta de comando, os anos difíceis com Blaze Bayley e a defesa dos álbuns menos populares
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Redação - SOM DE FITA
7/8/2025




Desde que fundou o Iron Maiden em 1975, Steve Harris assumiu para si o papel de comandante da nave metálica britânica. Em entrevista recente ao Music Radar, o baixista refletiu sobre o peso da liderança dentro de uma banda com mais de quatro décadas de estrada — e revelou o que, para ele, faz tudo funcionar mesmo nas fases mais turbulentas.
Para Harris, o segredo está na sinceridade. Ele não mede palavras e prefere dizer o que pensa, mesmo que isso desagrade. “Nunca houve um lado divertido das coisas. Mas se há um problema, eu apenas digo para as pessoas como é. É assim que eu sou. Não digo para as pessoas o que elas querem ouvir. Outra pessoa pode fazer isso. Às vezes eu posso ser brutalmente honesto, e as pessoas não gostam disso. Mas da forma que vejo, se você não gosta de como a resposta vai ser, não faça a pergunta!”
Essa franqueza, segundo ele, foi essencial para manter o Iron Maiden unido, inclusive nos momentos de crise. E um desses momentos, ele admite, foi o período com Blaze Bayley nos vocais, entre 1994 e 1999 — uma fase em que o grupo viu sua popularidade cair consideravelmente após a saída temporária de Bruce Dickinson.
Sobreviver à tempestade
Harris encara aquele período como o mais complicado da trajetória da banda. Ainda assim, ele afirma que continuar firme foi uma decisão consciente, movida pela paixão e pela lealdade dos fãs mais fiéis.
“Foi um desafio. Aqueles foram tempos difíceis, mas outras pessoas passam por tempos piores do que isso. Então é tudo relativo. Eu apenas fiquei preso naquilo e segui em frente. Até certo ponto, estávamos sob pressão, então tivemos que realmente permanecer juntos. E os fãs que ficaram com a gente, os que vinham para os shows, eram os mais hardcore.”


Reavaliando o passado
Mesmo com as críticas que os álbuns The X Factor (1995) e Virtual XI (1998) receberam na época de seus lançamentos, Harris segue firme em sua defesa das obras.
“Acho que algumas das melhores canções que já compus estão nesses dois álbuns. E eu sempre disse na época — e foi provado mais tarde, até certo ponto — que as pessoas iriam voltar e revisitar aqueles álbuns e apreciá-los muito mais. Algumas pessoas nem deram uma chance para aqueles álbuns, mas depois então voltaram a eles e perceberam que há algumas coisas muito boas neles.”
Mais do que revisitar o passado, a fala de Harris mostra como a consistência, a honestidade e a resistência às marés da opinião pública foram cruciais para manter o Iron Maiden em pé. E, mais do que isso, ajudaram a moldar uma das carreiras mais longevas e influentes da história do heavy metal.
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