Robert Plant relembra tempos difíceis com o Led Zeppelin e fala sobre o preço da fama

Robert Plant, conhecido por dar voz ao Led Zeppelin nos anos 70, falou recentemente sobre um dos maiores arrependimentos de sua carreira: o impacto da fama em sua vida pessoal. No documentário Becoming Led Zeppelin, que retrata a ascensão meteórica do grupo, o cantor compartilha lembranças amargas de um período marcado por sucesso e dor.

Em entrevista à People (via Clash), Plant revelou como os compromissos com a banda o afastaram da convivência com a filha ainda pequena:
"O que eu lembro dos dois primeiros anos é que minha filha não sabia realmente quem eu era. E ficava bastante agitada quando eu voltava da turnê, pois ela pensava que eu tinha vindo para roubar a casa."

A distância se tornou ainda mais dolorosa em 1977, quando uma tragédia atingiu sua família. Durante uma turnê do Zeppelin, o filho de Plant, Karac, faleceu aos cinco anos por complicações de um vírus estomacal. O episódio marcou profundamente o vocalista, como ele relatou ao Louder Sound:
"Em 1977, perdemos nosso filho, Karac. Ele tinha apenas cinco anos. Eu passei tanto tempo tentando ser um pai decente, mas, ao mesmo tempo, eu estava realmente atraído pelo que estava fazendo no Zeppelin. Então, quando ele faleceu, eu pensei: 'Quanto vale tudo isso? O que é isso tudo? Teria sido diferente se eu estivesse lá, se eu estivesse por perto?'. Então, eu estava pensando sobre o mérito da minha vida naquela época, e se eu precisava ou não investir muito mais na realidade das pessoas que eu amava e cuidava — minha filha e minha família em geral."

Após a perda, a banda interrompeu suas atividades, e Plant decidiu focar na família. O retorno aconteceu dois anos depois, com shows no festival de Knebworth. Foi nesse palco, próximo à sua casa, que o Led Zeppelin voltou com força, embalado por uma performance poderosa de "Whole Lotta Love", marcando não só a retomada da banda, mas também uma mudança de perspectiva para Robert Plant.