ROBERT PLANT confirma show solo no Rio antes do C6 Fest

A agenda de Robert Plant no Brasil em 2026 começou a tomar forma e, depois de confirmar sua participação no C6 Fest, o vocalista anunciou também uma passagem solo pelo Rio de Janeiro. A apresentação está marcada para 21 de maio no Vivo Rio, reforçando a estratégia de uma turnê que alterna shows mais intimistas com momentos de maior exposição em grandes eventos. A confirmação movimenta fãs que acompanham o trabalho recente do artista, especialmente o projeto “Saving Grace”, desenvolvido em parceria com Suzi Dian e marcado por uma estética acústica e mais direta. A passagem por capitais brasileiras tem sido construída com certa calma, com datas que também incluem Porto Alegre e São Paulo, mas sem a intenção de criar alarde ou transformar a turnê em espetáculo nostálgico. A proposta, ao menos nesta fase, parece mais direcionada à revisitação de referências do folk, blues e gospel, que Plant vem destacando há alguns anos.

Mesmo reconhecido como um dos nomes mais influentes do rock, o músico britânico não tem dado sinais de interesse em repetir fórmulas do passado. Sua escala pelo país está centrada no repertório elaborado para “Saving Grace with Suzi Dian (2025)”, um desdobramento de um processo criativo que começou antes da pandemia e que encontrou eco em apresentações menores, de atmosfera artesanal. A turnê mundial “Rugido de Outono” mantém esse espírito, com arranjos mais enxutos e abertura para leitura pessoal de músicas antigas e covers que fizeram parte de sua formação.

Show no Rio reforça tour intimista e repertório focado em “Saving Grace”

A apresentação no Rio de Janeiro vem após o show do dia 19 de maio em Porto Alegre e antecede a participação no C6 Fest em 24 de maio. No Vivo Rio, Plant apresenta a versão atual de seu projeto, criado ao lado de Suzi Dian, que divide vocais com ele, ao lado de Tony Kelsey (mandola, guitarra e banjo), Matt Worley (banjo e guitarra) e Oli Jefferson (percussão). A proposta, segundo o próprio Plant, nasceu de maneira espontânea, durante um período de experimentações em estúdio e de busca por um formato que fugisse de grandes produções.

O projeto inclui o single “Everybody’s Song” e uma curadoria que une composições próprias a versões de obras que marcaram sua trajetória. Segundo o texto oficial, ele explorava “um repertório íntimo e pouco conhecido, guiado por fortes influências do Folk, Blues, Gospel e Country americanos”. O foco está justamente em resgatar esse diálogo entre gêneros tradicionais, evitando a expectativa de hits ou momentos grandiosos.

A turnê, dessa forma, chega ao Brasil menos como um espetáculo de rock clássico e mais como uma visita guiada ao lado menos óbvio da carreira de Plant. A estratégia vem sendo bem recebida em países pelos quais o projeto já passou, justamente pela combinação de caráter acústico com interpretação mais livre, sem preocupação de atender a moldes tradicionais de palco ou iluminação.

Robert Plant. | Foto: Tom Oldham

Vendas, pré-venda e detalhes da apresentação

Para a apresentação carioca, a organização confirmou que clientes Vivo tiveram pré-venda exclusiva até o dia 4, às 11h. A partir daí, o público geral passou a ter acesso aos ingressos. Embora não seja um evento de grande porte, a expectativa é que o formato intimista some ao interesse histórico pela figura de Plant e gere boa procura. O Vivo Rio, já acostumado a receber artistas internacionais que preferem apresentações mais controladas, semelhante ao que vem sendo proposto pelo músico, deve manter a estrutura padrão da casa, com abertura às 19h e início do show às 21h.

O patrocínio da Heineken e do C6 Bank também reforça a presença do artista no festival do qual fará parte posteriormente. A organização mantém a linha de apoiar shows que dialoguem com a proposta do evento maior, que costuma privilegiar repertórios distintos, transversais e fora das exigências do circuito pop.

A confirmação de Plant no Rio reforça a tendência de turnês internacionais que passam pelo Brasil com estrutura híbrida: parte em festivais e parte em espaços fechados. Isso oferece ao público experiências diferentes e permite que artistas adaptem seus repertórios de acordo com o ambiente. No caso de Plant, o show no C6 Fest deve ganhar outra dimensão, enquanto o Vivo Rio promete uma leitura mais intimista, com foco no caráter acústico e nos arranjos pensados para espaços menores.

A fase atual da carreira de Robert Plant

Embora seu nome esteja sempre associado ao Led Zeppelin, Plant tem se mantido distante de revisitações diretas ao período. Em entrevistas recentes, tem reforçado que sua curiosidade artística o leva para caminhos que não dependem do passado. Essa postura também se manifesta em “Saving Grace”, que prioriza instrumentos acústicos, texturas discretas e construções melódicas que se aproximam de tradições do interior dos Estados Unidos.

A proposta não é exatamente romper com tudo que fez antes, mas reorganizar referências que estiveram presentes ao longo de sua trajetória e que, por muito tempo, ficaram em segundo plano diante da expectativa por grandes performances vocais. Este ciclo atual parece desconectar Plant de obrigações que o público frequentemente projeta em artistas com trajetórias tão longas.

A presença de Suzi Dian também altera o equilíbrio das apresentações, já que os vocais divididos criam um jogo mais horizontal e têm sido apontados como um dos diferenciais da turnê. O material gravado junto ao grupo, cercado de instrumentos de corda e percussão discreta, mostra uma abordagem que valoriza mais a narrativa das canções do que a energia crua do rock.

Serviço — Robert Plant no Rio de Janeiro

ROBERT PLANT’S SAVING GRACE FEAT. SUZI DIAN
Data: 21 de maio de 2026
Cidade: Rio de Janeiro
Local: Vivo Rio
Abertura da casa: 19h
Horário do show: 21h

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