O Skid Row é uma das bandas mais emblemáticas do hard rock mundial. E em recente entrevista ao canal Gym Rock Crew, o baterista Rob Hammersmith revelou um lado mais introspectivo da rotina da banda. Ele falou abertamente sobre sua relação com o álcool e como isso afeta o desempenho em turnês e o convívio com os colegas de grupo.

A convivência em turnê vai além da música

Engana-se quem pensa que o maior desafio de um músico em turnê é apenas subir ao palco. Para Hammersmith, o verdadeiro desafio está nos bastidores — mais precisamente, na convivência diária com diferentes personalidades.

“Acho que muitas pessoas não percebem o quanto do trabalho envolve gerenciamento de personalidade. E quando digo gerenciamento de personalidade, isso não inclui apenas todos ao seu redor. Inclui gerenciar sua própria personalidade.”

Segundo o músico, aprender a lidar consigo mesmo é fundamental para manter o equilíbrio e a harmonia dentro de uma banda que passa meses viajando junta.

Álcool e bom senso: uma questão de maturidade

Questionado sobre regras na banda relacionadas ao consumo de álcool, Hammersmith foi direto:

“Não são regras rígidas e rápidas. Bom senso. E eu sei que essa é uma resposta geral. Eu certamente não consigo me safar com o que costumava fazer. E isso é normal. É uma coisa boa.”

Ele não esconde que já viveu momentos descontrolados, como tantos outros músicos, mas afirma que nunca houve um "estalo" específico. Foi um processo gradual de percepção.

“Eu simplesmente cheguei a um ponto em que realmente percebi que isso estava me afetando e ‘Eu não consigo funcionar. Estou farto de me sentir doente e cansado’.”

A importância de manter o foco

A mudança no estilo de vida de Rob Hammersmith está diretamente ligada ao seu comprometimento com o trabalho. Mais do que evitar excessos, o baterista aprendeu a respeitar os próprios limites.

“Eu só sei que reduzir o consumo e ser mais consciente do porquê… Se eu vou sair de casa, trabalhar e tocar bateria, é ótimo. Eu adoro isso, mas estou lá para fazer um trabalho e há um propósito para mim estar lá.”

Ele também acredita que essa postura mais consciente não apenas melhora sua performance como músico, mas também o transforma em um colega de banda mais confiável e positivo.

“Se tornar um companheiro de banda melhor e ser uma pessoa mais confiável ou mais positiva, acho que é igualmente importante.”

A fala de Rob Hammersmith oferece uma visão sincera e madura sobre os bastidores da vida de um artista. Em um universo muitas vezes romantizado pelo excesso, o baterista do Skid Row demonstra que equilíbrio, responsabilidade e respeito mútuo ainda são os maiores trunfos para manter uma banda unida — e uma carreira longeva.

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