
RINGO STARR relembra primeira vez que fumou MACONHA ao lado de BOB DYLAN e surpreende com bom humor aos 84 anos
Ex-Beatle revela detalhes de momento histórico que mudou a trajetória criativa da banda e inclui até "larica" no hotel
Redação - SOM DE FITA
8/8/2025




Ringo Starr, o eterno baterista dos Beatles, não tem papas na língua quando o assunto é recordar momentos inusitados do auge da fama. Aos 84 anos, o músico participou recentemente do programa Jimmy Kimmel Live! e compartilhou, com muito bom humor, como foi sua primeira experiência com maconha — e não foi com qualquer um: ele estava na companhia de ninguém menos que Bob Dylan.
A história, já conhecida por fãs mais atentos, ganhou novos contornos com a espontaneidade de Starr ao relembrar o episódio ocorrido em 1964, no auge da beatlemania. Segundo o baterista, foi uma noite “inesquecível e engraçada”, que acabou marcando não apenas sua vida pessoal, mas também o rumo criativo da banda mais famosa de todos os tempos.
A noite em que tudo mudou: o encontro com Bob Dylan
A primeira vez que Ringo teve contato com a maconha aconteceu no Delmonico Hotel, em Nova York, após um show dos Beatles. Bob Dylan, que já era uma figura influente na cena musical, estava presente e, segundo Starr, foi através de um amigo de Dylan que o primeiro baseado foi oferecido discretamente.
Ringo não hesitou em aceitar e descreveu a experiência como surpreendentemente agradável:
"Adorei", disse, sem rodeios, durante a entrevista. Com a sinceridade que lhe é característica, Starr explicou que a sensação foi de relaxamento profundo e diversão, algo totalmente novo para ele naquele momento.
Essa noite, até então apenas um episódio curioso, representa mais do que um encontro entre gigantes da música. Foi o ponto de partida para a introdução dos Beatles ao universo da cannabis, algo que, conforme o próprio Starr e outras fontes confirmam, teve impacto direto na forma como a banda passou a compor e experimentar novas sonoridades.
Paul McCartney já havia entregue Ringo
Essa não foi a primeira vez que o público ouviu falar sobre esse momento. Paul McCartney já havia contado, em entrevistas anteriores, que foi Ringo o primeiro dos quatro a experimentar a maconha — e que isso acabou influenciando os demais membros da banda.
Na época, a novidade causou curiosidade em John Lennon, George Harrison e no próprio Paul. A reação positiva de Ringo, que descreveu a experiência como leve, divertida e até inspiradora, serviu como um "gatilho" para os demais. A partir dali, o quarteto passou a explorar novas possibilidades criativas, incluindo as viagens lisérgicas que mais tarde marcariam álbuns como Rubber Soul, Revolver e, especialmente, Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band.
Ainda no relato ao programa de Jimmy Kimmel, Starr mencionou uma parte cômica da história:
Após a "larica" provocada pela maconha, os músicos pediram serviço de quarto. O susto veio quando abriram a porta e se depararam com uma verdadeira banquete — muito mais do que haviam imaginado. Esse momento rendeu boas risadas ao baterista, que ainda hoje parece se divertir ao relembrar a situação.
Beatles, contracultura e o papel da maconha na arte
A revelação de Ringo Starr serve como uma peça a mais no enorme quebra-cabeça que é a trajetória dos Beatles. Embora muitos fãs associem a fase mais psicodélica da banda ao uso de LSD, é importante lembrar que o primeiro passo nessa direção foi dado através da maconha, graças àquele encontro com Bob Dylan.
O contexto histórico também ajuda a entender a importância dessa virada. A década de 1960 foi marcada por uma efervescência cultural que incluía a contestação de normas sociais rígidas, o surgimento da contracultura e a valorização de experiências sensoriais alternativas. Nesse cenário, os Beatles — inicialmente vistos como um grupo "comportado" — se tornaram ícones da experimentação e da liberdade artística.
A maconha, que em 1964 ainda era vista com forte estigma, tornou-se para o grupo um catalisador criativo. Não se tratava de apologia ou vício, mas de uma busca por novas formas de pensar, compor e se expressar. Ringo, ao compartilhar esse episódio, humaniza ainda mais essa trajetória, mostrando que a genialidade dos Beatles também passou por descobertas, erros e acertos comuns a qualquer jovem de sua época.
Hoje, aos 84 anos, Starr continua ativo, lançando álbuns, fazendo turnês e participando de programas com a leveza de quem já viveu tudo — e ainda encontra graça nas pequenas histórias que ajudaram a moldar a música moderna.
Legado em construção
A entrevista de Ringo não só diverte, como também reitera a importância da memória viva dos Beatles. Cada novo detalhe compartilhado por ele ou por outros membros remanescentes serve para enriquecer o entendimento que temos de uma das bandas mais influentes de todos os tempos.
Mais do que um relato engraçado sobre "ficar chapado" com Bob Dylan, a história é também sobre amizade, liberdade artística e o impacto duradouro de decisões aparentemente pequenas — como aceitar um baseado de um amigo, no fim de uma noite de show.
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