
Ravel Andrade surpreende ao viver Raul Seixas em série intensa sobre a vida do roqueiro
Atuação elogiada emociona público em produção que evita romantizações e mergulha nos altos e baixos de Raul
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Redação - SOM DE FITA
7/1/2025




A série "Raul Seixas: Eu Sou", recém-lançada no Globoplay, está chamando a atenção não só pela complexidade com que retrata um dos maiores ícones do rock brasileiro, mas também pela atuação impressionante de Ravel Andrade, que dá vida ao polêmico e genial Raulzito. Longe de caricaturas, o ator entrega uma performance visceral e humana, revelando as camadas emocionais que fizeram de Raul Seixas uma figura tão fascinante quanto controversa.
Produzida sob direção de Paulo Machline e com criação de Pedro Bial, a série não se contenta com uma biografia tradicional. Ela propõe uma abordagem psicológica e afetiva sobre a trajetória do músico, com base em cartas, depoimentos e momentos marcantes de sua vida pessoal e artística. A proposta, segundo a própria produção, não é glorificar Raul, mas apresentar seus conflitos internos, suas contradições e sua luta permanente entre o desejo de liberdade e a autodestruição.
Ravel se entrega ao papel com intensidade e autenticidade
Conhecido por seus trabalhos anteriores no cinema e na TV, Ravel Andrade se destaca ao interpretar Raul sem recorrer à imitação exagerada. Ele não busca copiar os trejeitos mais conhecidos do cantor, mas sim encarnar sua energia, seu humor ácido, sua fragilidade emocional e sua fúria criativa. O resultado é uma atuação densa, envolvente e dolorosamente real.
A série deixa claro que Raul Seixas era um homem dividido entre o gênio e o caos. E Ravel traduz isso com uma entrega física e emocional impressionante, conquistando elogios tanto de críticos quanto do público. Muitos já consideram sua atuação uma das mais marcantes entre adaptações de artistas da música brasileira na ficção — ao lado de nomes como Renato Góes (Luiz Gonzaga) e Babu Santana (Tim Maia).
Uma abordagem sem filtros sobre o mito do rock nacional
Outro ponto que chama atenção é o cuidado da narrativa em evitar a romantização dos excessos. Ao invés disso, a minissérie mostra as consequências dos vícios de Raul, seu comportamento instável, sua relação com as mulheres e os impactos disso tudo em sua carreira e vida pessoal. O roteiro, que utiliza recursos como a quebra da quarta parede e o uso de imagens de arquivo, contribui para criar um retrato emocionalmente complexo, mas respeitoso.
“Raul Seixas: Eu Sou” não é uma simples homenagem, nem tampouco um julgamento. É uma tentativa corajosa de compreender o homem por trás do mito, oferecendo ao espectador uma nova lente sobre sua genialidade — ao mesmo tempo libertária e autodestrutiva.
Um marco na dramaturgia musical brasileira
Com episódios envolventes e uma recriação cuidadosa dos anos 70 e 80, a produção também se destaca pela direção de arte, trilha sonora e ambientação, que ajudam a transportar o público para os momentos cruciais da vida de Raul. E, acima de tudo, é a presença magnética de Ravel Andrade que mantém a série pulsando do começo ao fim.
Seja você fã de Raul Seixas ou não, essa é uma produção que merece ser vista — e sentida. Uma história sobre liberdade, limites e o preço da genialidade.
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