Porão do Rock 2025: dois dias de peso, diversidade e pura adrenalina em Brasília

Dois dias intensos com mais de 30 bandas, estrutura renovada e experiências interativas.

Redação - SOM DE FITA

5/26/2025

Nos dias 23 e 24 de maio de 2025, Brasília voltou a vibrar com a energia inconfundível do Porão do Rock, um dos festivais mais tradicionais e emblemáticos do país. Em sua nova edição, o evento reuniu mais de 30 bandas nacionais e internacionais, transformando o coração do Distrito Federal em um verdadeiro epicentro de música, cultura e resistência.

Três palcos, infinitas sonoridades

O Porão deste ano impressionou pela estrutura grandiosa e bem distribuída. Foram três palcos simultâneos, garantindo uma programação intensa e sem pausas — um verdadeiro deleite para os fãs que transitavam entre o rock pesado, o metal, o punk, o alternativo e até sonoridades mais experimentais.

A curadoria, sempre afiada, soube equilibrar tradição e novidade, colocando lado a lado bandas consagradas e novos nomes da cena independente. Essa mistura é justamente o que torna o festival tão especial: um espaço onde diferentes vertentes da música coexistem, sem hierarquias, em prol de uma mesma atitude.

Shows históricos e energia no limite

Entre os grandes nomes do line-up, Sepultura, Stone Temple Pilots, Black Pantera, CPM 22 e BaianaSystem foram responsáveis por momentos catárticos. Cada banda trouxe sua própria identidade, fazendo o público pular, gritar e sentir a força de estar ali — juntos, em uma celebração da música ao vivo.

Mas o grande destaque ficou mesmo com o Black Pantera, que incendiou o palco com um show visceral e politicamente afiado. A banda mineira mostrou por que se tornou um símbolo de resistência e representatividade no rock nacional. E o Som de Fita marcou presença de perto: conversamos com Chaene da Gama, baixista do trio, que nos concedeu uma entrevista exclusiva sobre o momento atual da banda e a importância de ocupar espaços como o Porão do Rock.

Confira a reportagem completa abaixo e reviva os melhores momentos do festival.

Outro ponto alto foi o Matanza, que fez o público bater cabeça e transformou a noite de encerramento em um verdadeiro pandemônio sonoro. O grupo subiu ao palco e entregou uma performance avassaladora, fechando o Porão 2025 com peso, energia e a irreverência característica que o evento sempre celebra.

Muito além da música

O Porão do Rock nunca se resume apenas aos shows — e este ano não foi diferente. O festival ampliou sua proposta de experiência cultural, oferecendo ao público novas formas de interação. Uma área gamer foi montada com estações de Guitar Hero, simuladores de corrida e experiências em Realidade Virtual, atraindo curiosos entre um show e outro.

Os skatistas também tiveram seu espaço garantido: uma grande pista de skate foi montada ao lado dos palcos, onde manobras radicais se misturavam ao som das guitarras. O resultado foi uma atmosfera urbana e vibrante, fiel à essência underground que sempre caracterizou o evento.

Brasília segue no mapa do rock nacional

Mais do que um festival, o Porão do Rock 2025 reafirmou sua relevância como símbolo de resistência cultural e vitrine da música independente. Foram dois dias intensos, marcados por diversidade, atitude e paixão pela arte.

Em tempos de homogeneização e fórmulas prontas, o Porão continua sendo um espaço livre, onde o som fala mais alto e onde Brasília mostra por que segue firme como um dos polos mais importantes do rock e da cultura alternativa no Brasil.

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