O ano de 2024 marca um reencontro cheio de memórias e guitarras afiadas: a banda Penélope, liderada pela carismática Érika Martins, celebra os 25 anos de seu disco de estreia, Mi Casa, Su Casa, com uma apresentação especial no Teatro Paulo Autran, no Sesc Pinheiros, em São Paulo. O show acontece no dia 18 de julho (sexta-feira), às 21h, e traz convidados especiais como Otto, Erika Nande e Vanessa Krongold (banda Ludov), ampliando o clima de celebração e resgate afetivo.

Mais que uma simples turnê comemorativa, o show representa uma espécie de retorno triunfal para uma geração que viveu intensamente o final dos anos 1990 e início dos 2000 — e, ao mesmo tempo, apresenta às novas gerações uma banda que marcou época com letras descomplicadas, atitude irreverente e um som que misturava pop, rock e elementos da música alternativa brasileira.

Quem é Penélope? Uma banda que marcou a transição dos anos 90 para os 2000

Formada em Salvador no final dos anos 1990, a banda Penélope rapidamente conquistou espaço com seu jeito despojado e com músicas que retratavam o cotidiano feminino sem perder o bom humor. A presença magnética de Érika Martins nos vocais foi um dos principais fatores para o sucesso do grupo, que misturava rock alternativo, pop e uma pegada punk suave — tudo embalado por uma identidade visual forte e letras com personalidade.

Logo em seu primeiro álbum, Mi Casa, Su Casa, lançado em 1999, a banda emplacou hits como “Holiday” e “Namorinho de Portão”, que tocaram exaustivamente nas rádios, programas de TV e eventos alternativos por todo o país. As músicas, com sua linguagem direta e cheia de gírias da época, conquistaram um público fiel e ajudaram a consolidar o chamado “rock feminino” no Brasil, ao lado de nomes como Autoramas, Pato Fu e Ludov.

O disco “Mi Casa, Su Casa”: um retrato sonoro de uma geração

Lançado em um momento em que o pop rock brasileiro buscava novas linguagens, Mi Casa, Su Casa se destacou por sua sonoridade moderna, recheada de guitarras limpas, refrões marcantes e muita personalidade. A estética visual do álbum, com suas cores vibrantes e referências ao universo jovem da virada do milênio, também ajudou a fortalecer a imagem da banda.

Além das faixas mais conhecidas, o disco traz outras composições que ganharam status cult entre os fãs, como “Puro Êxtase”, “Pó de Pirlimpimpim” e “Suíte 14”. A mistura de inocência e ousadia nas letras tornou o álbum uma espécie de diário coletivo de toda uma geração que crescia sob o impacto da internet, do fim da MTV clássica e da transição entre os CDs e os arquivos MP3.

Participações especiais: Otto, Erika Nande e Vanessa Krongold

Para tornar a noite de 18 de julho ainda mais especial, Érika Martins convida artistas que, assim como ela, deixaram sua marca no cenário musical alternativo brasileiro. Entre os nomes confirmados está Otto, cantor e compositor pernambucano conhecido por seu estilo híbrido que mistura eletrônico, regionalismo e poesia urbana.

Também sobem ao palco Erika Nande, parceira de longa data e figura frequente na cena indie brasileira, e Vanessa Krongold, vocalista da banda Ludov, outro grupo de destaque no pop alternativo dos anos 2000. A presença dessas artistas dá ao show uma dimensão colaborativa e afetiva, conectando diferentes momentos da música brasileira recente.

“É um show pra cantar junto, pra lembrar dos bons tempos e mostrar pra quem não viveu aquela época o quanto a música brasileira era diversa e divertida”, destaca Érika Martins.

Da nostalgia ao palco: a volta ao Rock in Rio e novos shows pelo interior

A apresentação no Sesc Pinheiros acontece poucos meses após a Penélope marcar presença no Palco Sunset do Rock in Rio, um dos eventos mais emblemáticos da música nacional e internacional. A recepção calorosa no festival reacendeu o interesse pelo grupo e serviu como impulso para uma nova fase na carreira da banda.

Além do show em São Paulo, a Penélope também leva sua turnê para o interior do estado como parte do festival Catandupedras, voltado ao rock alternativo e bandas independentes. A banda se apresenta no Sesc Birigui no dia 11 de julho (sexta-feira) e no Sesc Catanduva no dia 12 (sábado), reafirmando sua conexão com o público do interior paulista.

Um legado vivo na história do pop rock brasileiro

Celebrar os 25 anos de Mi Casa, Su Casa é também celebrar um momento específico da música brasileira — aquele em que bandas formadas por mulheres ganharam espaço, quebraram padrões e trouxeram novas vozes para a cena. Penélope não foi apenas um fenômeno pontual: foi parte de um movimento maior, que ajudou a desconstruir estereótipos e ampliar os horizontes do rock feito no Brasil.

O show no Sesc Pinheiros é mais do que um tributo a um álbum — é uma celebração da liberdade criativa, da memória coletiva e da força que a música tem de atravessar décadas e continuar fazendo sentido. E, para quem está conhecendo a banda agora, é uma bela porta de entrada para entender por que tantos fãs seguem com Penélope no coração.

Serviço

Show: 25 anos do álbum “Mi Casa, Su Casa” – Penélope ao vivo
Local: Teatro Paulo Autran – Sesc Pinheiros – Rua Paes Leme, 195 – São Paulo/SP
Data: 18 de julho (sexta-feira)
Horário: 21h
Duração: 60 minutos
Classificação: 12 anos
Ingressos:

• R$ 60,00 (inteira)

• R$ 30,00 (meia)

• R$ 18,00 (credencial plena do Sesc)

Vendas: Nas bilheterias do Sesc SP ou pelo app Credencial Sesc SP
Mais informações: sescsp.org.br/programacao/penelope-2

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