
OZZY OSBOURNE revela em livro póstumo qual foi a “DROGA MAIS PODEROSA” de sua vida
Em Last Rites, o Madman reflete sobre décadas de excessos e confessa que nenhuma substância se comparou à emoção de estar diante do público
Redação - SOM DE FITA
10/6/2025






O lendário Ozzy Osbourne, um dos maiores nomes da história do rock e eterno vocalista do Black Sabbath, deixou suas últimas palavras registradas antes de partir. O livro “Last Rites”, finalizado pouco antes de sua morte e com lançamento marcado para 7 de outubro pela editora Hachette, promete ser uma despedida à altura da trajetória insana e inspiradora do “Príncipe das Trevas”. Em seus trechos mais emocionantes, Ozzy revela que, entre todos os vícios e alucinações que viveu ao longo das décadas, a sensação mais forte e transformadora de sua vida foi subir ao palco e cantar para seus fãs.
“O que percebi é que o único lugar onde estou livre de todos os meus demônios é no palco... Passei a vida inteira tentando ficar chapado com todas as substâncias conhecidas pelo homem, mas nada se compara a isso. Foi a melhor droga que já tomei”, escreveu Ozzy.
O livro, que chega ao Brasil com o título “O Último Ritual” e já está em pré-venda na Amazon, revela detalhes intensos dos últimos anos do artista e seu derradeiro contato com a música e o público — aquele que, segundo ele, foi o verdadeiro combustível da sua existência.
O adeus de um ícone: o palco como templo
Nos trechos antecipados pelo The Times, Ozzy Osbourne descreve com emoção o show de despedida realizado em Birmingham, Inglaterra, três semanas antes de sua morte, aos 76 anos. Foi ali, diante de 42 mil pessoas e mais de 5,8 milhões de espectadores online, que o Madman viveu seu último grande ritual: cantar “Mama, I’m Coming Home”, canção escrita por Lemmy Kilmister, eterno amigo e parceiro de estrada.
Mesmo debilitado e limitado por uma cadeira adaptada devido aos graves problemas de saúde que o acompanhavam há anos, Ozzy se recusou a deixar que a dor o afastasse de sua missão final: cantar para seus fãs.
No relato, ele lembra o instante em que sua voz falhou e a multidão assumiu os vocais, transformando aquele momento em uma comunhão de amor e gratidão. O público, ciente de que presenciava uma despedida histórica, cantou cada verso com a força de uma geração inteira que cresceu sob o eco de “Paranoid”, “Iron Man” e “Crazy Train”.
A cena, descrita no livro, vai muito além de um show: é o testemunho de um homem que, depois de uma vida de excessos, encontrou redenção no mesmo lugar onde sempre se sentiu vivo — o palco.
Entre demônios e redenção: a confissão final
Ao longo de sua carreira, Ozzy Osbourne ficou conhecido tanto por sua genialidade musical quanto por seus hábitos autodestrutivos. Das lendárias histórias de bastidores às internações e reabilitações, sua vida sempre pareceu um espelho da intensidade de sua arte. Mas em Last Rites, o tom é outro: é o Ozzy humano, frágil e reflexivo, quem fala.
Ele reconhece os abusos e as consequências físicas e psicológicas das drogas e do álcool, mas, acima de tudo, expressa uma profunda gratidão por ter sobrevivido tempo suficiente para entender o verdadeiro sentido de sua jornada.
“Depois de tudo o que fiz, depois de todas as noites que mal lembro, percebi que a única coisa que realmente me deixava em paz era ver meus fãs me ouvindo, me devolvendo aquilo que eu sempre busquei: energia. Isso é mais forte do que qualquer coisa que já tomei.”
Essa confissão funciona como uma espécie de síntese da trajetória de Ozzy: o artista que tentou anestesiar a dor do mundo e de si mesmo em substâncias, mas que encontrou sua libertação no poder catártico da música e na conexão com o público.
O livro também traz passagens inéditas sobre os bastidores de turnês, momentos de vulnerabilidade e reconciliações com antigos colegas do Black Sabbath. Segundo fontes próximas, Ozzy teria se emocionado ao revisar esses trechos, sabendo que aquela seria sua última oportunidade de deixar sua história contada em suas próprias palavras.
“Last Rites”: o legado eterno do Príncipe das Trevas
A publicação de Last Rites marca não apenas o encerramento da trajetória de um ícone, mas também o início de uma nova fase: a eternização de Ozzy como uma figura mítica que transcende o rock. Com uma escrita crua e confessional, o livro promete revelar o lado mais humano de uma lenda que viveu entre o inferno e a glória — e que, até o fim, acreditou na força da música como redenção.
No Brasil, “O Último Ritual” já figura entre os títulos mais aguardados da temporada. Fãs e críticos esperam uma obra que, além de contar histórias de bastidores, traga reflexões sinceras sobre envelhecimento, fé, dependência e amor pela arte.
A morte de Ozzy deixou um vazio imenso na música, mas também reforçou a dimensão espiritual de sua obra. O cantor, que sempre brincava com a imagem do “Príncipe das Trevas”, encerra sua jornada como um homem que encontrou luz no meio do caos.
E, como ele mesmo escreveu, talvez essa seja a lição final: não há droga mais potente do que o amor de uma plateia — aquele transe coletivo que transforma o artista e o público em uma só alma.
“Foi a melhor droga que já tomei.”
Com Last Rites, Ozzy Osbourne dá seu último suspiro artístico de forma grandiosa e autêntica — como viveu. Um encerramento digno de quem passou a vida inteira entre riffs, demônios e aplausos.
Ozzy Osbourne durante o show de despedida do Black Sabbath | Reprodução/Instagram
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