Os Melhores Solos de Guitarra de David Gilmour: Sensibilidade e Técnica que Marcaram Gerações

Do feeling inconfundível ao sustain eterno, uma viagem pelos solos mais emblemáticos do guitarrista do Pink Floyd

LISTAS

Redação - SOM DE FITA

6/2/2025

Poucos guitarristas na história do rock conseguiram construir uma identidade tão singular quanto David Gilmour. Conhecido por seu timbre cristalino, bends expressivos e solos que mais parecem narrativas emocionais, o britânico eternizou sua arte não apenas nas composições do Pink Floyd, mas também em sua carreira solo. Nesta matéria, destacamos os solos que mais impactaram fãs, críticos e músicos ao longo das últimas décadas.

1. Comfortably Numb (1979) – The Wall

Talvez o solo mais icônico da história do rock. Não apenas um, mas dois solos impecáveis fazem desta faixa um monumento. O segundo solo, que encerra a música, é uma aula de construção melódica e emoção. Gilmour disse que foi um dos poucos solos que gravou de uma só vez, tamanha a inspiração do momento. O sustain da sua Fender Stratocaster é um verdadeiro hino.

2. Time (1973) – The Dark Side of the Moon

O solo desta faixa é um exemplo cristalino da capacidade de Gilmour de aliar técnica à expressão emocional. Cada nota é cuidadosamente escolhida, e o uso de bends dramáticos transmite um senso de urgência e melancolia. Uma das performances mais memoráveis da década de 70.

3. Shine On You Crazy Diamond (1975) – Wish You Were Here

A introdução com o icônico "quatro notas" é apenas o começo. Ao longo da suíte, Gilmour desfila uma série de solos que transitam entre o blues, o psicodélico e o progressivo. Cada parte do solo evoca uma homenagem delicada e profunda a Syd Barrett, membro fundador do Pink Floyd.

4. High Hopes (1994) – The Division Bell

Um dos solos mais subestimados de Gilmour. Gravado com um lap steel guitar, o solo final de "High Hopes" é de uma beleza melancólica impressionante. O timbre aveludado e o fraseado minimalista mostram como Gilmour evoluiu com o tempo, privilegiando cada vez mais a emoção sobre a técnica.

5. Another Brick in the Wall (Part II) (1979) – The Wall

Um solo que muitos guitarristas tentam copiar, mas poucos conseguem capturar a alma. Gravado em uma Gibson Les Paul Goldtop com captadores P-90, Gilmour conseguiu aqui um dos timbres mais gordos e expressivos da sua carreira. O fraseado é direto, mas cada nota é carregada de significado.

6. Dogs (1977) – Animals

Um épico de mais de 17 minutos, mas que contém alguns dos solos mais agressivos e improvisados de Gilmour. "Dogs" apresenta um lado mais cru e rock and roll do guitarrista, com longos trechos de wah-wah e harmonizações perfeitas. Um exemplo de como Gilmour também sabia ser visceral.

7. Echoes (1971) – Meddle

Antes de "The Dark Side of the Moon", Gilmour já mostrava seu potencial em "Echoes". O solo final é um dos mais etéreos e psicodélicos de sua trajetória, com uso criativo do delay e do slide. Uma experiência sonora transcendental.

8. Fat Old Sun (1970) – Atom Heart Mother

Um dos momentos mais intimistas e bucólicos do Pink Floyd, "Fat Old Sun" contém um solo de guitarra que é pura poesia. Gilmour leva o ouvinte para uma viagem pastoral com um timbre limpo e um fraseado delicado, quase folk.

9. Coming Back to Life (1994) – The Division Bell

Gravado em sua famosa Fender Stratocaster vermelha, este solo é um dos preferidos dos fãs mais recentes. O uso de vibrato, sustain e escalas pentatônicas é feito com tanta elegância que transforma uma música simples em um clássico absoluto.

10. On an Island (2006) – álbum solo "On an Island"

Em sua carreira solo, Gilmour provou que o feeling não tem prazo de validade. O solo-título do álbum "On an Island" é um dos mais maduros e expressivos de sua carreira. Menos ligado à pirotecnia e mais à atmosfera, ele deixa claro que a música sempre foi sua prioridade.

Conclusão

David Gilmour é a prova viva de que um solo não precisa ser rápido ou cheio de notas para ser inesquecível. Com sua abordagem melódica, ele influenciou gerações de guitarristas e deixou um legado que transcende estilos e épocas. Cada solo desta lista é uma aula sobre como a guitarra pode ser uma extensão da alma humana.

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