
Os Melhores Rolês Musicais de Brasília que Você Precisa Viver ao Menos Uma Vez
De Ceilândia à Esplanada: uma jornada pelos sons mais autênticos do DF
LISTAS
Redação - SOM DE FITA
7/14/2025




Brasília vai muito além de seus prédios monumentais e gabinetes de poder. No subsolo das quadras, nas praças das regiões administrativas e nos becos escondidos entre concreto e cerrado, pulsa uma cena musical vibrante, diversa e carregada de identidade. Do improviso ao experimental, do regional ao eletrônico, do samba ao metal — os rolês musicais da capital não apenas sobrevivem: eles resistem, reinventam e emocionam.
Aqui estão os 10 melhores rolês musicais da cidade, com os textos amplamente desenvolvidos, endereços verificados e motivos reais para você viver cada experiência.
1. Festival CoMA (Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB))
O Festival CoMA (Convenção de Música e Arte) é hoje um dos principais pontos de convergência entre música alternativa, criatividade e mercado no Brasil. Com atividades que vão muito além dos shows, ele reúne artistas, produtores, jornalistas, empreendedores e o público em oficinas, debates, painéis e rodas de conversa. Os palcos espalhados pela Esplanada, Funarte e Torre de TV recebem desde artistas consagrados como BaianaSystem, Luedji Luna e Criolo até revelações da cena autoral independente. A proposta do CoMA é discutir a música como linguagem artística, como produto, como política pública e como força de transformação social.
Por que vale o rolê: porque entrega mais que espetáculo: entrega conteúdo, rede, reflexão e experiência. Um dos festivais mais inteligentes e vivos do Brasil.
2. Clube do Choro de Brasília (Eixo Monumental)
O Clube do Choro é uma das instituições culturais mais respeitadas do país. Fundado em 1977, tornou-se referência nacional da música instrumental brasileira, principalmente do choro, estilo genuinamente nacional. Com estrutura moderna, som cristalino e um palco que já recebeu nomes como Yamandu Costa, Hamilton de Holanda e o eterno Zé da Velha, o clube mantém viva uma tradição com elegância e respeito. Os shows são intimistas, sempre com foco na qualidade técnica e na experiência do ouvinte. A programação costuma incluir samba, gafieira, MPB instrumental e homenagens a mestres da música brasileira.
Por que vale o rolê: porque cada apresentação ali é uma aula — de história, de som e de sensibilidade.
3. Complexo Fora do Eixo (SAAN Quadra 1)
Localizado no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte, o Complexo Fora do Eixo é hoje o centro nervoso da vida noturna alternativa de Brasília. Com estética industrial, estrutura robusta e som potente, o espaço abriga festas de trap, funk, brasilidades, eletrônica e eventos experimentais. A curadoria musical é afiada, os line-ups são sempre atualizados com o que há de mais quente no underground nacional, e o público é diverso, engajado e criativo. Além da pista principal, o espaço conta com ambientes integrados, bares temáticos e intervenções visuais. Aqui, o novo se encontra com o necessário: diversão, cultura e liberdade.
Por que vale o rolê: porque representa a efervescência urbana de Brasília sem frescura e sem censura.
4. Casa do Cantador (Ceilândia Sul)
Projetada por Oscar Niemeyer em formato de chapéu de vaqueiro, a Casa do Cantador é o mais importante centro de cultura nordestina fora do Nordeste. Erguida em 1986, ela abriga repentistas, emboladores, forrozeiros e cordelistas de todo o Brasil. A casa é ponto de encontro para festas tradicionais, saraus de poesia popular, rodas de viola, feiras literárias e encontros culturais que celebram a oralidade e a memória popular. Em Ceilândia, coração nordestino do DF, o espaço é mais que uma casa: é uma trincheira cultural viva.
Por que vale o rolê: porque cada verso improvisado ali é um pedaço da história do povo em forma de rima.
5. Barkowski (Asa Norte)
O Barkowski é o bar mais metaleiro de Brasília. Não tem palco, nem DJ, nem festas: tem som. Metal e rock pesados tocam direto no ambiente, criando uma trilha sonora constante para quem frequenta o espaço. A iluminação baixa, os quadros de ícones do metal nas paredes e a carta de drinks autorais transformam o lugar numa espécie de bunker alternativo. Drinks como o “Devil Sun” e o “Caprichoso” são parte da experiência, servidos por uma equipe que entende e vive o espírito do bar. É o tipo de lugar onde você senta, bebe, ouve Slayer e troca ideia com alguém que sabe quem foi Chuck Schuldiner.
Por que vale o rolê: porque não tenta ser nada além do que é: autêntico, barulhento e fiel ao rock.
6. Buraco do Jazz (Praça dos Três Poderes – ao lado do Pavilhão Nacional)
O Buraco do Jazz é aquele tipo de rolê que te pega de surpresa. De quinta a sexta à noite, o gramado da Praça dos Três Poderes se transforma num palco espontâneo para músicos de jazz, blues e MPB instrumental. Cangas no chão, luz baixa, food trucks, cerveja artesanal e improviso livre. Com entrada gratuita e atmosfera libertadora, o Buraco do Jazz virou símbolo de ocupação cultural do espaço público, reunindo famílias, casais, estudantes, artistas e turistas.
Por que vale o rolê: porque ouvir um solo de saxofone enquanto olha para o céu de Brasília é algo que você não esquece.
7. Bar Isso Aqui é DF (Taguatinga Norte)
Esse bar em Taguatinga é um dos últimos redutos autênticos da música autoral periférica de Brasília. Com estrutura simples, ele oferece espaço para artistas locais mostrarem seu trabalho sem mediação comercial. A "Quinta-Fire" é o carro-chefe: toda quinta, músicos da quebrada sobem ao palco com seus violões, suas vozes e suas histórias. O público é engajado e generoso. É comum ver rodas de conversa se formando depois dos shows, com trocas entre artistas, ouvintes e produtores.
Por que vale o rolê: porque a cultura do DF começa aqui — no improviso, na rua, no suor e na verdade.
8. Festival Móveis Convida (Locais variados: Museu Nacional, CCBB, praças públicas e mais)
Criado pela icônica banda Móveis Coloniais de Acaju, o Festival Móveis Convida se tornou uma das vitrines mais respeitadas da música alternativa em Brasília. Ao longo das edições, o festival já recebeu artistas como BNegão, Karina Buhr, Apanhador Só e muitos outros. Além dos shows, o evento aposta em feiras criativas, rodas de conversa e gastronomia independente. A proposta é valorizar a cultura fora do eixo tradicional com alegria, empatia e muita música boa.
Por que vale o rolê: porque é feito por quem entende da cena, pra quem vive e constrói a música de verdade.
9. Festival Ocupa! (Regiões como Ceilândia, Samambaia, Recanto das Emas e outras RAs)
O Ocupa! é mais que um festival: é um movimento cultural de base. Criado para descentralizar a produção artística no DF, ele leva arte para onde ela é necessária — e onde quase nunca chega. São shows gratuitos, oficinas, grafite, batalhas de rima, performances e rodas de conversa. Tudo feito nas quebradas, pra quebradas. A organização é colaborativa e o objetivo é simples: ocupar os espaços com cultura, pertencimento e identidade.
Por que vale o rolê: porque transforma a rua em palco, a praça em escola e o povo em protagonista.
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