O Critério de OZZY OSBOURNE: Como o Príncipe das Trevas Escolhia Guitarristas Lendários

Joe Bonamassa revela o segredo por trás da seleção dos músicos que marcaram a carreira do eterno ícone do heavy metal

Redação - SOM DE FITA

8/6/2025

A morte de Ozzy Osbourne, ocorrida no último dia 22 de julho, trouxe uma onda de homenagens de músicos e fãs ao redor do mundo. Mais do que o carisma e a voz inconfundível, um dos traços que sempre se destacou em sua trajetória foi sua habilidade em reunir guitarristas que se tornaram verdadeiras lendas.

Recentemente, o guitarrista norte-americano Joe Bonamassa, reconhecido por seu trabalho no blues e no rock, falou à CBS News (via Whiplash) sobre esse talento de Ozzy. Em sua fala, Bonamassa não apenas destacou a visão do “Príncipe das Trevas”, mas também explicou o que tornava essas escolhas tão especiais.

A habilidade única de encontrar talentos

Desde os tempos do Black Sabbath, Ozzy demonstrava que sabia escolher com quem dividir o palco. Joe Bonamassa fez questão de ressaltar essa característica:

“Sua seleção de guitarristas era como a versão heavy metal do que John Mayall fazia no final dos anos 60 com sua banda, encontrando Eric Clapton, Peter Green e Mick Taylor. Quando se fala dos grandes guitarristas que tocaram com Ozzy Osbourne — refiro-me a Tony Iommi, obviamente, no Black Sabbath, além de Brad Gillis, Jake E. Lee, Zakk Wylde, Randy Rhoads… Ele sempre buscava alguém que fosse visionário e ambicioso.”

Essa busca por músicos excepcionais fez de sua carreira solo um verdadeiro celeiro de talentos. De Randy Rhoads, que marcou época com seu estilo virtuoso e melódico, a Zakk Wylde, com seu peso característico, todos imprimiram uma marca própria nas composições de Ozzy.

O critério de Ozzy: superar Eddie Van Halen

Mas afinal, qual era o segredo de Ozzy para escolher tão bem? Bonamassa trouxe à tona uma revelação curiosa: o vocalista tinha um parâmetro claro, inspirado por um dos maiores guitarristas da história: Eddie Van Halen.

“Li uma citação do próprio Ozzy onde ele dizia que queria alguém capaz de chutar o traseiro de Eddie Van Halen na guitarra. Era algo especial para ele. E a música realmente exigia um guitarrista muito especializado, porque era muito simples, mas gente como Zakk Wylde dava sua própria marca. Jake E. Lee e Randy Rhoads, você ouve essas músicas e elas soariam muito diferentes com outra pessoa tocando. E isso era ele sendo um líder de banda e alguém que realmente abraçou a guitarra elétrica como parte de suas composições.”

Essa declaração deixa claro que Ozzy buscava mais do que apenas bons músicos: ele queria guitarristas capazes de elevar suas composições a um novo nível, trazendo identidade e ousadia.

Um legado construído com escolhas certeiras

Ao longo de sua trajetória, Ozzy trabalhou com alguns dos maiores nomes da guitarra no heavy metal. Sua parceria com Tony Iommi no Black Sabbath moldou os primeiros passos do gênero. Em carreira solo, trouxe Randy Rhoads, cujo talento ainda hoje é reverenciado, e seguiu com Jake E. Lee e Zakk Wylde, cada um deixando sua assinatura inconfundível em clássicos eternos.

Esse olhar apurado para o talento fez com que cada fase de sua carreira fosse única, sem perder a essência que consagrou Ozzy como um dos maiores nomes do rock e do metal.

Joe Bonamassa e sua conexão com Ozzy

Apesar de falar como um admirador, Bonamassa também tem um vínculo profissional com o cantor. Ele participou do álbum Under Cover (2005), projeto de regravações de clássicos que incluiu uma versão para “For What It’s Worth”, do Buffalo Springfield, na qual Joe emprestou seu talento na guitarra.

Essa breve colaboração mostra que Ozzy não apenas reconhecia os grandes nomes da cena, mas também abria espaço para novas parcerias, mantendo sua música sempre relevante.

Um líder que abraçava a guitarra como protagonista

Mais do que um vocalista, Ozzy era um verdadeiro líder de banda. Ele entendia que a guitarra era central para suas composições e fazia questão de ter ao seu lado músicos capazes de explorar todo o potencial do instrumento.

Bonamassa reforçou esse ponto ao comentar como cada guitarrista que passou por sua banda deixou uma marca própria:

“Jake E. Lee e Randy Rhoads, você ouve essas músicas e elas soariam muito diferentes com outra pessoa tocando. E isso era ele sendo um líder de banda e alguém que realmente abraçou a guitarra elétrica como parte de suas composições.”

Esse posicionamento ajudou a manter sua sonoridade fresca e impactante, mesmo com as mudanças de formação ao longo dos anos.

O legado eterno do Príncipe das Trevas

Com sua partida, Ozzy deixa um vazio imenso na música, mas também um legado inestimável. Ele não apenas entregou discos e shows memoráveis, mas também lançou luz sobre guitarristas que marcaram época e influenciaram gerações.

De sua conexão com Randy Rhoads ao peso visceral de Zakk Wylde, passando pela criatividade de Jake E. Lee, Ozzy sabia como ninguém escolher músicos que não só o acompanhavam, mas também potencializavam sua arte.

Sua visão sobre a importância da guitarra e seu critério elevado para selecionar parceiros musicais consolidaram seu nome como um dos grandes arquitetos do heavy metal.

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