
O Clube dos 27: Artistas Que Morreram aos 27 Anos e Entraram para a História
Talento, tragédia e lenda: a misteriosa coincidência que marcou o fim precoce de grandes nomes da música
LISTAS
Redação - SOM DE FITA
6/25/2025




Existe uma espécie de maldição não oficial no universo da música chamada “Clube dos 27”. O termo se refere ao número surpreendente de artistas geniais que morreram aos 27 anos — muitas vezes no auge de suas carreiras, vítimas de vícios, tragédias ou circunstâncias misteriosas. Embora seja apenas uma coincidência estatística, o fenômeno se tornou um dos mais discutidos e lendários da cultura pop, ganhando documentários, estudos e teorias conspiratórias. Nesta lista, relembramos algumas das figuras mais marcantes que nos deixaram cedo demais — e cujas obras continuam ecoando até hoje.
1. Jimi Hendrix (1942–1970)
Considerado por muitos como o maior guitarrista que já existiu, Hendrix redefiniu os limites do rock com sua mistura de blues, psicodelia e inovação técnica. Ele subia aos palcos com uma presença elétrica, dominando sua Fender Stratocaster como poucos. Canhoto e autodidata, era capaz de criar atmosferas sonoras únicas com distorções e alavancadas que ninguém ousava antes. Hendrix foi encontrado morto em Londres, após aspirar o próprio vômito em decorrência do uso de barbitúricos. Mesmo com uma carreira curtíssima, seu impacto foi tão grande que ele segue como referência absoluta até hoje.
2. Janis Joplin (1943–1970)
Janis era mais do que uma cantora: era uma força da natureza. Com sua voz rouca, rasgada e carregada de emoção, ela se tornou símbolo da liberdade artística e do espírito rebelde dos anos 60. Liderou a banda Big Brother and the Holding Company antes de seguir carreira solo, emplacando álbuns como I Got Dem Ol’ Kozmic Blues Again Mama! e o póstumo Pearl. Janis faleceu de overdose de heroína em um quarto de hotel, sozinha, poucos dias depois da morte de Hendrix. Seu timbre inconfundível segue inspirando vocalistas até hoje.
3. Jim Morrison (1943–1971)
Chamado de “Rei Lagarto”, Morrison era poeta, cantor e figura central da banda The Doors. Com letras densas, performances hipnóticas e uma postura provocadora, ele se tornou ícone da contracultura. Jim representava o caos e o misticismo, explorando temas como morte, liberdade e transcendência. Foi encontrado morto em uma banheira em Paris, oficialmente por ataque cardíaco — embora a falta de autópsia tenha alimentado rumores e conspirações. Seu túmulo no cemitério Père-Lachaise é ponto de peregrinação até hoje.
4. Kurt Cobain (1967–1994)
Vocalista, guitarrista e letrista do Nirvana, Cobain levou o grunge de Seattle para o mundo inteiro. Seu estilo cru, suas letras melancólicas e sua autenticidade crua capturaram o espírito de uma geração desiludida. Com o sucesso estrondoso de Nevermind (1991), Cobain virou um símbolo cultural, mas também passou a sentir o peso da fama. Lutava contra a depressão, o vício em heroína e a pressão da indústria. Em abril de 1994, foi encontrado morto com um tiro na cabeça em sua casa. Deixou uma carta e uma legião de fãs devastados.
5. Amy Winehouse (1983–2011)
A britânica Amy Winehouse trouxe de volta o soul clássico com um toque moderno e letras extremamente pessoais. Sua voz poderosa, combinada com um visual retrô e atitude desafiadora, conquistou o mundo em Back to Black (2006), disco vencedor de vários Grammys. Mas sua vida pessoal foi marcada por escândalos, dependência química e relacionamentos abusivos. Morreu em sua casa em Londres, por intoxicação alcoólica. Sua morte causou comoção mundial, e até hoje sua música segue relevante, crua e verdadeira.
6. Brian Jones (1942–1969)
Multi-instrumentista talentoso e fundador dos Rolling Stones, Brian Jones era um dos músicos mais criativos da cena britânica nos anos 60. Ele foi responsável por trazer instrumentos exóticos ao rock, como a cítara e o dulcimer, e foi essencial na fase inicial dos Stones. Mas com o tempo, seu comportamento errático e os abusos de substâncias o afastaram da banda. Foi encontrado morto na piscina de sua casa, e embora a versão oficial seja afogamento, muitos acreditam em teorias envolvendo assassinato ou negligência. Seu legado está gravado na sonoridade dos primeiros álbuns da banda.
7. Robert Johnson (1911–1938)
Considerado o avô do rock, Robert Johnson influenciou artistas de blues e rock durante décadas, mesmo com uma carreira curtíssima e apenas 29 gravações conhecidas. A lenda mais famosa diz que ele teria feito um pacto com o diabo numa encruzilhada para se tornar o melhor guitarrista do mundo. Johnson morreu envenenado, supostamente por um marido ciumento, em circunstâncias nunca confirmadas. Seu estilo marcante e suas composições como Cross Road Blues e Hellhound on My Trail são reverenciadas até hoje.
8. Richey Edwards (1967–desaparecido em 1995)
Figura enigmática da banda galesa Manic Street Preachers, Richey Edwards era mais conhecido por suas letras sombrias, inteligência afiada e declarações polêmicas do que por suas habilidades musicais. Enfrentava sérios problemas com depressão, distúrbios alimentares e automutilação. Em fevereiro de 1995, desapareceu sem deixar rastros. Seu carro foi encontrado perto da ponte Severn, local associado a suicídios, mas seu corpo nunca foi encontrado. Em 2008, foi declarado morto. Sua ausência ainda é um enigma na história do rock alternativo britânico.
Essa lista poderia ser ainda maior: há muitos outros artistas que também partiram com 27 anos e marcaram gerações em seus respectivos gêneros. Mas se fôssemos incluir todos, ela se tornaria praticamente interminável. Esta é apenas uma seleção dos nomes mais emblemáticos — aqueles cujas histórias ainda ecoam com força no imaginário coletivo.
O Clube dos 27 não é uma entidade oficial, mas seu simbolismo persiste. Ele representa o brilho intenso e passageiro de artistas que viveram rápido demais, carregando o peso da fama, da genialidade e, muitas vezes, da dor. São lendas que, apesar da partida precoce, deixaram obras que continuam pulsando nas veias da música até hoje — como se dissessem: a morte pode ter sido aos 27, mas a arte é eterna.
mais notícias:
SOM DE FITA
Notícias, resenhas e cultura underground em destaque.
© 2025. Todos os direitos reservados.
Música, atitude e resistência em alta rotação.
Rebobinando o furdunço, Dando o play no Fuzuê.
Nossa POLÍTICA DE PRIVACIDADE
Siga a gente nas redes sociais