Nando Reis voltou a chamar atenção, desta vez fora dos palcos. Em participação recente no programa Sem Censura, da TV Brasil, o cantor abordou de forma direta e comovente sua luta contra o alcoolismo, condição com a qual conviveu por muitos anos até alcançar a sobriedade – que já dura quase nove anos.

Com um discurso firme, ele criticou o modo como o alcoolismo ainda é tratado pela sociedade: com preconceito e ignorância. “É um problema real, mas a sociedade finge que não existe”, declarou. Nando defendeu que o vício precisa ser encarado como qualquer outra doença, como a diabetes, e não como um simples problema de força de vontade ou falha moral.

Durante a conversa, o artista também relembrou momentos difíceis de sua trajetória, marcados pela negação e pelo sofrimento causado por seu vício. “Sofri muito e fiz sofrer, não quero para ninguém”, disse, com sinceridade, ao falar sobre o impacto que a dependência teve em sua vida pessoal e profissional.

Desabafo nas redes sociais

Nando também levou o tema para as redes sociais. Em uma publicação no X (antigo Twitter), reforçou sua decisão de compartilhar publicamente sua história:
“Ninguém fala sobre isso, por isso saí do meu anonimato para abrir esse debate, pois o alcoolismo é uma doença.”

O post gerou grande repercussão entre os seguidores, que elogiaram a coragem do músico e ajudaram a expandir o debate sobre a importância de falar mais abertamente sobre vícios e saúde mental.

Reflexão sobre a cultura do álcool

Além do relato pessoal, Nando fez questão de criticar o modo como o álcool é tratado na cultura popular. Para ele, a glamourização do consumo ajuda a mascarar os sinais de dependência e dificulta ainda mais que as pessoas reconheçam que precisam de ajuda.

A postura do cantor, hoje um dos principais nomes da música brasileira, pode ajudar a desmistificar e desestigmatizar o alcoolismo, dando visibilidade a um tema muitas vezes empurrado para debaixo do tapete.

Onde buscar apoio

Vale lembrar que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento gratuito para pessoas com dependência química, por meio de Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e CAPS AD (Álcool e Drogas). Além disso, grupos como o Alcoólicos Anônimos (AA) oferecem suporte emocional gratuito e contínuo para quem deseja se recuperar.

Ao compartilhar sua trajetória, Nando Reis reforça que é possível dar a volta por cima — e que ninguém precisa enfrentar isso sozinho.

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