MIKE MILLS, do R.E.M., provoca ARIANA GRANDE em nova faixa de seu supergrupo HOWL OWL HOWL

Uma das histórias mais inusitadas do rock recente envolve o baixista Mike Mills, do R.E.M., e a estrela pop Ariana Grande. Tudo começou de forma leve e bem-humorada, mas acabou virando música. O episódio veio à tona com o lançamento da canção “My Cologne”, do Howl Owl Howl, novo supergrupo formado por Mills ao lado de Darius Rucker (Hootie & the Blowfish) e Steve Gorman (The Black Crowes).

Em um vídeo publicado no Instagram da banda, Mills explicou o contexto dessa “brincadeira musical” com a cantora. “Ariana Grande lançou um disco há pouco tempo, e o primeiro single se chamava ‘R.E.M.’”, disse o músico. “Ok, tudo bem. É a fase do sono em que sonhamos. Foi daí que tiramos o nome da banda. É algo universal, não tem problema.”

Mas, segundo o baixista, o assunto não parou por aí. “Depois, ela lançou uma linha de perfumes chamada R.E.M.”, contou Mills. “E eu pensei: ‘Ok, tudo bem.’ Mas então um dos frascos do perfume veio em formato de fita cassete, e estava escrito R.E.M. nele. Aí eu pensei: ‘Tá bom, agora ela passou um pouco dos limites. Preciso dizer algo sobre isso.’”

Apesar da provocação, Mills garantiu que tudo não passa de uma brincadeira. “Não estamos chateados nem nada, achei apenas engraçado”, afirmou. “Então escrevi uma música chamada ‘My Cologne’, cujo refrão diz: ‘Quero cheirar como Ariana Grande, e acho que ela quer que você cheire como eu.’”

Com risadas, ele encerrou o vídeo reforçando o tom leve da história. “É tudo na boa, pura diversão. Espero que ela goste, mas esse é o nosso novo single.”

A criação do Howl Owl Howl: união de veteranos dos anos 90

O Howl Owl Howl surgiu oficialmente em setembro, mas a ideia do trio começou a se formar bem antes. Os três músicos já haviam tocado juntos em 2019, quando Steve Gorman convidou Mike Mills e Darius Rucker para um show beneficente em Nashville. O entrosamento foi tão grande que, em 2021, eles decidiram transformar a parceria em algo mais sólido.

Gorman contou em entrevista que a proposta inicial era apenas se divertir e criar juntos, sem grandes pretensões. “O conceito desde o primeiro dia foi: ‘Vamos escrever um monte de músicas e ver o que acontece, ver se sai algo legal disso’. Não havia um plano grandioso além disso”, explicou o baterista.

Mas o resultado surpreendeu o grupo. “De repente, todos nós percebemos: ‘Ei, isso está realmente bom! Acho que capturamos algo especial’”, disse Gorman.

Com influências que vão do rock alternativo dos anos 90 ao blues e ao country, o Howl Owl Howl representa uma fusão de estilos e experiências de três artistas que ajudaram a moldar a sonoridade de uma geração.

“My Cologne” : humor, nostalgia e riffs marcantes

O single “My Cologne” marca a estreia oficial do trio. A música mistura guitarras clássicas e um clima de rock alternativo com o toque irônico que só músicos veteranos sabem dosar. O título, que faz trocadilho com o perfume de Ariana Grande, simboliza bem o espírito da canção — entre homenagem e brincadeira.

Mills descreve a faixa como uma resposta “bem-humorada” à cultura pop atual, que mistura referências de forma tão livre quanto as gerações anteriores faziam com o rock. A letra, além da piada sobre o perfume, também reflete a convivência entre o passado e o presente da música — uma espécie de diálogo entre o mundo analógico do R.E.M. e o brilho digital do pop contemporâneo.

Embora o tom seja de sátira leve, a composição revela o mesmo talento de Mills para unir melodia e ironia, algo que o consagrou nos clássicos do R.E.M. durante as décadas de 80 e 90. E o resultado parece agradar: fãs da banda e curiosos do pop estão reagindo com bom humor ao encontro improvável entre os universos de Athens e Hollywood.

O que vem por aí para o supergrupo

Ainda sem data oficial para o lançamento do primeiro álbum, o Howl Owl Howl já tem planos concretos. A banda inicia sua primeira turnê norte-americana em 3 de novembro, em Indianápolis, no tradicional The Vogue, com datas marcadas até 15 de novembro, em Atlanta.

Enquanto o disco completo não chega, “My Cologne” serve como uma amostra do que o trio pretende entregar: composições que resgatam a essência do rock clássico, mas com liberdade criativa e doses generosas de ironia.

Para os fãs de R.E.M., a faixa traz um sabor de nostalgia, mas também mostra que Mike Mills continua afiado e disposto a dialogar com o presente — mesmo quando o ponto de partida é um “beef” musical com uma estrela do pop.

E, se depender do baixista, a última palavra será sempre dita com um sorriso. Afinal, como ele mesmo resumiu: “É tudo em nome da diversão. Espero que ela goste.”

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