Mikael Åkerfeldt, do Opeth, fala sobre o nu metal: “Não é meu estilo favorito, mas respeito quem liderou o movimento”

Vocalista sueco elogia a longevidade das bandas do gênero, mesmo sem se identificar com ele musicalmente

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Redação - SOM DE FITA

7/1/2025

O vocalista e líder da banda sueca Opeth, Mikael Åkerfeldt, comentou em uma recente entrevista sobre o nu metal, subgênero que marcou uma geração entre o fim dos anos 1990 e o início dos 2000. Embora tenha deixado claro que não se identifica artisticamente com esse estilo, Åkerfeldt demonstrou respeito por alguns dos nomes mais influentes do movimento.

Conhecido por sua versatilidade como compositor e por levar o Opeth por caminhos que vão do death metal ao rock progressivo, o músico sueco afirmou que nunca foi atraído pelas sonoridades do nu metal, mas reconhece o impacto e a permanência das bandas que foram protagonistas nesse cenário. “Não é o meu gênero favorito, mas as bandas que lideraram esse gênero ainda são grandes hoje em dia”, declarou.

Um caminho diferente do Opeth

Na mesma conversa, Mikael destacou que o Opeth nunca flertou com o nu metal em sua trajetória musical. De fato, a banda sempre buscou explorar estruturas complexas, climas melancólicos e influências que vão do jazz ao folk escandinavo, passando por ícones do rock progressivo como King Crimson e Camel.

Apesar disso, Åkerfeldt evita adotar um discurso depreciativo sobre o nu metal, diferentemente de muitos artistas do metal mais tradicional que costumam rejeitar o gênero com veemência. Ele explicou que, embora não seja um entusiasta, jamais se sentiu incomodado pelo estilo: “Eu nunca fui um grande fã de nu metal, mas nunca me incomodou como estilo. Eu apenas não entrei nele.”

Bandas como Korn, Limp Bizkit, Slipknot e Linkin Park foram algumas das mais emblemáticas da onda nu metal, e muitas delas continuam com enorme base de fãs e relevância na cena internacional — algo que Mikael reconhece com maturidade e profissionalismo.

Respeito entre estilos

As falas de Mikael Åkerfeldt reforçam uma postura cada vez mais comum entre músicos veteranos: o reconhecimento da pluralidade de estilos dentro da música pesada. Em vez de se prender a rótulos ou rivalidades entre subgêneros, ele opta por valorizar as trajetórias distintas de bandas que, mesmo fora de sua zona de afinidade, conseguiram marcar gerações.

A atitude respeitosa do vocalista do Opeth contrasta com a crítica mais ácida que o nu metal recebeu ao longo dos anos, especialmente por parte de puristas do metal extremo. Hoje, com o passar do tempo e a consolidação de diversas vertentes musicais, há mais espaço para análises equilibradas — algo que Mikael demonstra com clareza.

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