
Kneecap no banco dos réus: rapper é acusado de terrorismo e apoiadores tomam ruas de Londres
Mo Chara, integrante do trio irlandês, responde por exibir símbolo do Hezbollah em show; protestos e figuras públicas se unem em defesa da liberdade artística
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Redação - SOM DE FITA
6/19/2025




O que aconteceu com Mo Chara, do Kneecap?
O rapper irlandês Mo Chara, integrante do grupo Kneecap, compareceu ao Tribunal de Magistrados de Westminster, em Londres, na última terça-feira (18), para responder a uma acusação relacionada à legislação antiterrorismo britânica. Ele foi recebido por uma multidão de fãs, ativistas e apoiadores do grupo.
Segundo as autoridades, a acusação se baseia em um show realizado em novembro de 2024, onde o artista teria exibido uma bandeira do Hezbollah — organização considerada terrorista pelo Reino Unido. Vídeos também mostrariam outro integrante da banda gritando palavras de apoio ao Hezbollah e ao Hamas, o que motivou uma investigação formal por parte da polícia antiterrorismo.
Qual é a defesa do grupo Kneecap?
O trio musical negou qualquer envolvimento com grupos armados ou incitação à violência. Em nota oficial, os músicos classificaram a acusação como “policiamento político” e afirmaram que o foco deveria estar em conflitos reais. “Não somos a história. O genocídio é”, diz o comunicado do grupo.
O Kneecap já havia atraído atenção global em abril, após uma apresentação no Coachella 2025. Durante o show, o grupo exibiu mensagens no telão como “Fuck Israel” e acusou o país de genocídio com apoio dos Estados Unidos. O episódio gerou ampla repercussão internacional.
Como foi a audiência e quem apoia o rapper?
Durante a audiência, Mo Chara confirmou sua identidade e foi liberado sob fiança. A próxima etapa do processo está marcada para 20 de agosto. Do lado de fora do tribunal, apoiadores exibiam cartazes com frases como “Free Palestine” e “Defendam o Kneecap”, enquanto entoavam gritos em apoio ao artista.
Moglai Bap, também membro do Kneecap, discursou para os presentes: “Estaremos no Glastonbury. Se não puderem ir, estaremos na BBC, para quem ainda assiste à BBC. Mas, acima de tudo: Palestina livre.”
Entre os apoiadores mais notáveis, está o músico Paul Weller. Ele já havia assinado uma carta pública em defesa do grupo e compareceu ao tribunal em sinal de solidariedade. “Ao redor do mundo, o Kneecap é visto como herói”, disse um porta-voz da banda.
Quem são os advogados de defesa?
Mo Chara conta com uma equipe jurídica formada por nomes conhecidos. Entre eles estão:
Gareth Peirce, que representou Julian Assange
Rosalind Comyn, ligada ao movimento Extinction RebellionBrenda Campbell KC, especializada em casos relacionados à Irlanda do Norte
Esses profissionais trabalham para demonstrar que a acusação contra o rapper tem motivação política e representa uma ameaça à liberdade de expressão artística.
O que vem pela frente para o Kneecap?
Mesmo enfrentando um processo judicial, o grupo mantém uma intensa agenda cultural. O Kneecap lançará em breve novos materiais e estará presente no festival Glastonbury, com apresentação confirmada e transmissão pela BBC.
Em 2024, a banda também lançou seu primeiro longa-metragem biográfico, premiado com um BAFTA, e o álbum de estreia Fine Art, consolidando seu nome na cena musical contemporânea com forte viés político.
Nas redes sociais, o grupo reforçou sua posição: “Estamos do lado certo da história. E vamos provar isso nos tribunais.”
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