Kerry King bota o pé no Brasil e mostra que não precisa viver do Slayer

Guitarrista estreia projeto solo no Bangers Festival com peso, personalidade e recado claro: o futuro é agora

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Redação - SOM DE FITA

5/6/20251 min read

Kerry King desembarcou com sua nova banda no Bangers Festival, em São Paulo, e fez questão de deixar claro que essa fase solo tem vida própria — mesmo com o passado pesando nas costas.

O começo foi mais contido, com quatro faixas de From Hell I Rise (2024) que deixaram o público mais em modo observador. Mas bastou o vocalista Mark Osegueda acender o pavio pra coisa começar a pegar fogo. A pancada de “Two Fists” veio como um convite direto ao caos, e a resposta foi imediata: rodas abertas, energia no talo.

Apesar da base lembrar o Slayer (até porque Paul Bostaph está na bateria), a proposta de King aqui é seguir outro rumo. E a prova disso veio com uma cover surpreendente e afiada de “Killers”, do Iron Maiden — uma homenagem aos lendários Paul Di’Anno e Clive Burr. King parecia se divertir, enquanto o baixista Kyle Sanders e o guitarrista Phil Demmel comandavam a linha de frente.

Osegueda, figura já conhecida do Death Angel, mostrou que sabe segurar um palco com firmeza. Ganhou os mais céticos aos poucos, até mesmo os que estavam ali só na esperança de ouvir os clássicos do Slayer.

E claro, eles vieram. Mas nada forçado. “Disciple” entrou no set como se sempre tivesse pertencido àquele momento, abrindo caminho para uma sequência de peso com “Raining Blood”, “Black Magic” e “Reign in Blood” — essa última responsável por transformar até a área VIP em zona de impacto.

Nos vocais, Osegueda mandou bem sem tentar imitar Tom Araya. Os agudos clássicos? Presentes. Mas com a pegada dele.

O encerramento não foi com Slayer. Foi com “From Hell I Rise”, faixa que carrega o espírito do novo projeto. Uma escolha clara de King pra dizer: o passado foi gigante, mas o presente também veio pra esmagar.