A banda berlinense Kadavar está de volta, e de um jeito bem diferente. Com o novo disco I Just Want To Be A Sound, lançado pelo selo Clouds Hill, o grupo psicodélico deixa para trás de vez o peso stoner que marcou sua identidade e abre espaço para uma mistura sonora mais ampla e imprevisível. Rock de arena, momentos pop, texturas cinematográficas e introspecções existenciais compõem esse que é, talvez, o trabalho mais corajoso da carreira do Kadavar até aqui.

Os singles “I Just Want To Be A Sound”, “Hysteria”, “Regeneration” e “Scar On My Guitar” já haviam sinalizado essa nova fase — menos riffs densos, mais atmosfera, menos previsibilidade, mais emoção. Cada música funciona como uma peça distinta, mas que se encaixa no quebra-cabeça sonoro do álbum como um todo, revelando um Kadavar reinventado, inquieto e em pleno voo criativo.

“I Just Want To Be A Sound é mais do que um álbum para nós — é a essência do Kadavar: um anseio incansável por liberdade e o impulso inabalável de viver por meio da música. Colocamos tudo nele — nossas vidas, nosso espírito, nossa verdade”, disse a banda em declaração oficial.

A ideia por trás do nome do disco veio de uma conversa entre os fundadores Lupus Lindemann e Tiger Bartelt com o baixista Simon ‘Dragon’ Bouteloup em 2013. Ao ser questionado sobre por que não usava redes sociais, Simon respondeu: “Eu só quero ser um som”. A frase virou um mantra e agora dá título ao trabalho mais pessoal da banda.

Hoje formada por Lindemann, Bartelt, Bouteloup e o novo guitarrista Jascha Kreft, a banda celebrou esse novo capítulo com uma performance de destaque no Austin Psych Fest, nos EUA — seu primeiro show por lá em anos. A apresentação foi elogiada por veículos como o CultureMap Austin, que colocou o Kadavar entre os “10 Acts That Broke The Mold” do festival.

Com presença em playlists de destaque no Spotify, Apple Music, Deezer e TIDAL, o Kadavar mostra que não tem medo de mudar. De expoentes do stoner berlinense a exploradores sonoros globais, os caras continuam seguindo apenas uma direção: a da liberdade criativa.

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