John Deacon, lendário baixista do Queen, fez sua primeira contribuição pública ligada à banda desde que se retirou da cena musical em 1997. De acordo com informações do NME, ele assinou, junto aos outros membros do grupo, uma cópia do clássico álbum A Night at the Opera (1975), que será leiloada no tradicional evento Freddie Mercury Birthday Party, marcado para 6 de setembro no Casino Barrière Montreux, na Suíça.

A edição autografada inclui as assinaturas colhidas nas últimas semanas de Deacon, Brian May e Roger Taylor. O dinheiro arrecadado será revertido para a Mercury Phoenix Trust, instituição criada em homenagem a Freddie Mercury e dedicada a apoiar pesquisas e iniciativas de combate ao HIV/Aids.

A reclusão de John Deacon e sua relação com a banda

Desde a morte de Freddie Mercury, em 1991, John Deacon escolheu viver longe da fama. Após algumas participações pontuais com Brian May e Roger Taylor, como a gravação da faixa No One But You em 1996 e um show em Paris ao lado de Elton John, ele decidiu encerrar sua trajetória nos palcos.

Brian May, em entrevista ao The Guardian em 2023, explicou os motivos por trás do afastamento:
“Tudo que posso dizer é que, historicamente, John era bem sensível ao estresse. Todos achamos bem difícil perder Freddie, mas acho que John em particular sofreu. (...) Naquele momento, John só olhou pra gente e disse: ‘eu não consigo mais fazer isso’.”

Mesmo distante dos holofotes, Deacon continua participando das decisões administrativas do Queen. “Se fazemos qualquer decisão importante, em termos de negócios, sempre consultamos John. Não significa que ele fale conosco – ele geralmente não fala –, mas ele se comunica de alguma maneira. Ele ainda é muito parte do Queen”, completou May.

Um músico que fez história

Nascido em Leicester, Inglaterra, John Richard Deacon entrou no Queen em 1971 e foi essencial para o som da banda, sendo autor de alguns de seus maiores sucessos, como Another One Bites the Dust. Antes disso, havia tocado em grupos como The Opposition e The Art, além de ter colaborado com nomes como Elton John e projetos de músicos do Thin Lizzy e Bad Company.

Com formação em eletrônica, Deacon também ajudou a desenvolver equipamentos que o Queen utilizava nos palcos, unindo talento musical e conhecimento técnico.

O que esperar daqui para frente?

Embora seu retorno aos palcos seja improvável — como destacou Roger Taylor em entrevistas recentes, descrevendo o colega como “um pouco frágil” —, a colaboração com a ação beneficente mostra que John Deacon continua preservando a memória de Freddie Mercury e participando, ainda que discretamente, da história do Queen.

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