
Green Jellÿ enfrenta crise interna e demite integrante após polêmica com meme sobre a morte de Ozzy Osbourne
Post considerado desrespeitoso gera demissão, troca de acusações e divisão entre fãs às vésperas da nova turnê da banda
Redação - SOM DE FITA
8/5/2025




O Green Jellÿ, banda norte-americana famosa por sua mistura de rock alternativo com humor ácido, está enfrentando um dos momentos mais tensos de sua trajetória. A polêmica começou após a publicação de um meme considerado de extremo mau gosto sobre a morte de Ozzy Osbourne, falecido no último dia 22 de julho.
A imagem mostrava uma montagem do cantor segurando uma placa com os dizeres “Um Dia Sóbrio”. A repercussão foi imediata: fãs do heavy metal e seguidores da banda reagiram com indignação, apontando desrespeito à memória de um dos maiores ícones do gênero. A publicação durou pouco tempo no ar, mas já havia viralizado quando foi removida.
A reação de Bill Manspeaker
Bill Manspeaker, fundador e líder do Green Jellÿ, não demorou a se posicionar sobre o caso. Segundo ele, a postagem foi feita por Micheal “Fr33to F33t” Snyder, baixista do grupo, que administrava as redes sociais da banda há anos. Manspeaker afirmou que retirou a publicação assim que tomou conhecimento do conteúdo, mas a situação rapidamente saiu do controle.
Em declaração pública no dia 2 de agosto, ele classificou o meme como “extremamente rude” e justificou sua decisão:
“Agora virou um show de horrores. Tudo isso porque eu tirei um post nojento do ar.”
O músico explicou que a intenção nunca foi censurar Snyder, mas preservar a imagem da banda e, principalmente, demonstrar respeito a Ozzy Osbourne, cuja importância para a história do rock é incontestável.
Demissão e troca de acusações
A remoção do post, no entanto, desencadeou uma crise interna ainda maior. Snyder reagiu com hostilidade à decisão e, segundo Manspeaker, passou a difamá-lo publicamente. O conflito se intensificou com o vazamento de supostas conversas internas, vídeos de zombaria e até ameaças pessoais.
Diante da escalada do problema, Bill Manspeaker tomou a decisão de desligar Micheal Snyder da banda. Em entrevista, deixou claro que não havia mais possibilidade de reconciliação:
“Foi a gota d’água. Não havia como manter alguém que ultrapassou todos os limites do respeito e da ética.”
Fãs divididos e pressão nas redes sociais
Enquanto parte do público apoiou a postura do líder do Green Jellÿ, destacando que a banda não poderia compactuar com um ato de desrespeito tão grave, outro grupo de fãs criticou a demissão, alegando que a essência do Green Jellÿ sempre foi a irreverência sem filtros.
A situação gerou uma verdadeira guerra de opiniões nas redes sociais. Nos fóruns e perfis dedicados ao metal, o debate sobre “até onde o humor pode ir” voltou a ganhar força, com muitos questionando se existe um limite aceitável para a irreverência no universo do rock.
Um futuro incerto, mas com shows confirmados
Apesar da turbulência, a banda confirmou que seguirá com seus compromissos em 2025. O Green Jellÿ será headliner da turnê “Psycho Sideshow”, que promete levar o humor anárquico e a sonoridade única do grupo a diversas cidades, ao lado de outras bandas do cenário alternativo.
Bill Manspeaker deixou claro que o episódio não vai comprometer os planos da banda:
“Estamos focados na música e no que sabemos fazer de melhor: entreter nosso público. Essa crise não vai nos parar.”
Até onde vai a irreverência?
O caso envolvendo o Green Jellÿ reacende uma discussão antiga sobre o papel do humor no rock. Até que ponto piadas com temas delicados, como a morte de um ícone, são aceitáveis? Para muitos, o meme sobre Ozzy Osbourne foi um exagero que ultrapassou qualquer limite.
Por outro lado, há quem defenda que o Green Jellÿ sempre viveu no limiar entre o cômico e o controverso, e que essa postura foi o que tornou a banda conhecida.
Com a comunidade do metal dividida, a demissão de Snyder e a retomada da turnê, resta saber se a banda conseguirá se reerguer após esse episódio – e se os fãs permanecerão fiéis a um grupo que, mais uma vez, mostra que irreverência tem consequências.
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