GLENN HUGHES anuncia turnê “THE CHOSEN YEARS” nos Estados Unidos para 2026

Lenda do rock e ex-baixista do Deep Purple celebra cinco décadas de carreira com novo show e repertório especial

Redação - SOM DE FITA

10/14/2025

O cantor, baixista e compositor britânico Glenn Hughes, conhecido mundialmente como “The Voice of Rock”, anunciou oficialmente sua nova turnê pelos Estados Unidos. Batizada de “The Chosen Years”, a série de apresentações terá início em 27 de março de 2026, na cidade de San Juan Capistrano (Califórnia), e seguirá até 10 de maio, quando o artista encerra o giro no Marquee, em Tempe (Arizona).

O músico — que integra o Rock and Roll Hall of Fame e é atual vocalista do Black Country Communion — promete uma turnê histórica, revisitando diferentes fases de sua trajetória que atravessa mais de meio século de contribuições ao rock mundial.

“Estou ansioso para ver vocês na minha próxima turnê, na primavera de 2026. Será um novo show, com boas vibrações, para transmitir a mensagem de que ‘a música é a cura’. Vejo vocês na primeira fila!”, declarou Hughes em comunicado oficial.

Um tributo a uma carreira lendária

O show “The Chosen Years” será uma celebração ao longo caminho musical de Glenn Hughes, reunindo clássicos das bandas Trapeze, Deep Purple, Hughes/Thrall, Iommi/Hughes e Black Country Communion. O repertório também trará faixas inéditas de seu álbum solo mais recente, “Chosen”, lançado em setembro de 2025 pela gravadora Frontiers Music Srl.

Com duração aproximada de duas horas, o espetáculo busca recriar o espírito das grandes eras do rock dos anos 1970 e 1980, combinando peso, virtuosismo e emoção. Hughes se apresentará acompanhado por Søren Andersen (guitarra) e Ash Sheehan (bateria).

Além das canções mais marcantes de sua carreira, a turnê marcará também a estreia ao vivo de faixas como “Chosen”, “Voice in My Head” e “Into the Fade”, que ganharam videoclipes oficiais em 2025. O músico destacou que o repertório foi pensado para unir gerações: “É uma viagem no tempo, mas com os pés firmes no presente”, disse em recente entrevista à Classic Rock Magazine.

Roteiro completo da turnê americana

A nova excursão começará em San Juan Capistrano (Califórnia) e passará por mais de 20 cidades dos Estados Unidos. Entre os locais confirmados estão o Canyon Club (Agoura Hills), o Federal Theater (Denver), o Palace Theater (Ohio), o Arcada Theatre (St. Charles), o Penns Peak (Pennsylvania) e o Guild Theatre (Menlo Park).

Os fãs interessados em adquirir ingressos ou pacotes VIP devem acessar o site oficial www.national-acts.com/glennhughes.

A série de apresentações americanas é apenas uma parte da extensa agenda de Glenn Hughes para 2026. Antes de desembarcar nos Estados Unidos, o músico cumprirá compromissos na Europa e América do Sul, com início em Zoetermeer (Holanda), em 2 de setembro de 2025, e encerramento em Bogotá (Colômbia), em 29 de novembro do mesmo ano.

De Cannock ao Hall da Fama: o percurso do “The Voice of Rock”

Nascido em Cannock, Inglaterra, Glenn Hughes cresceu imerso em influências diversas: do hard rock britânico ao soul e R&B americano. Admirador de The Beatles, do som da Motown (Detroit) e do selo Stax/Volt (Memphis), ele construiu uma identidade única — poderosa e versátil — que o consagrou como um dos grandes intérpretes da história do rock.

Sua primeira grande projeção veio no início dos anos 1970 com a banda Trapeze, antes de ingressar no Deep Purple em 1973. Hughes entrou no grupo em um momento de transição, ao lado do também estreante David Coverdale, após a saída de Ian Gillan e Roger Glover. Apesar da desconfiança inicial dos fãs, a nova formação calou os críticos com o álbum “Burn” (1974), um marco do hard rock que revitalizou o som da banda.

Na mesma década, o Deep Purple se apresentou no lendário California Jam, diante de mais de 300 mil pessoas, e lançou outros dois discos emblemáticos: “Stormbringer” (1974) e “Come Taste the Band” (1975), antes da separação em 1976.

Em 1977, Glenn estreou em carreira solo com o álbum “Play Me Out” e, alguns anos depois, uniu forças ao guitarrista Pat Thrall, originando o projeto Hughes/Thrall (1982), muito elogiado pela crítica. Nas décadas seguintes, participou de inúmeros álbuns como vocalista, baixista ou compositor convidado, colaborando com artistas como Gary Moore, John Norum e Tony Iommi, do Black Sabbath.

A partir de 1992, consolidou uma trajetória solo prolífica, com mais de uma dezena de álbuns que exploram desde o hard rock e o funk até sonoridades mais contemporâneas. Ao longo desse período, dividiu estúdios com nomes como Chad Smith (Red Hot Chili Peppers), Dave Navarro e John Frusciante, além de fundar ou integrar projetos de peso como California Breed, The Dead Daisies e, mais notavelmente, o Black Country Communion, ao lado de Joe Bonamassa e Jason Bonham.

Novas colaborações e o legado contínuo

Em 2025, Hughes voltou a surpreender o público ao colaborar com Robbie Williams no single “Rocket”, lançado em maio. A faixa contou também com a participação de Tony Iommi, marcando o primeiro reencontro dos dois músicos desde o álbum conjunto “Fused” (2005).

Pouco depois, Glenn uniu forças a dois ícones da guitarra, Joe Satriani e Steve Vai, no projeto SatchVai, assinando e interpretando a canção “I Wanna Play My Guitar”. A colaboração reforça a vitalidade artística do cantor, que aos 74 anos segue criando, gravando e se apresentando com energia digna de seus primeiros dias de estrada.

“The Chosen Years”, portanto, acaba sendo, além de turnê, um manifesto de longevidade e paixão pela música. Como o próprio Hughes resume: “A música é a cura”.

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