
GENE GALLAGHER apresenta VILLANELLE, nova aposta do rock alternativo britânico
Filho de Liam Gallagher estreia com single de impacto e anuncia primeira turnê pelo Reino Unido
Redação - SOM DE FITA
9/11/2025






O nome Gallagher volta a ecoar no cenário musical britânico, mas desta vez não é Liam nem Noel quem está nos holofotes. Gene Gallagher, filho mais novo do ex-Oasis, estreia oficialmente sua própria banda, a Villanelle, e já mostra que não pretende viver apenas da sombra do sobrenome. O trio formado por Gene (vocais e guitarra), Ben Taylor (guitarra) e Jack Schiavo (baixo) lançou nesta quarta-feira (10) o single “Hinge”, um mergulho em guitarras distorcidas e atmosfera grunge que promete atrair tanto fãs da velha guarda quanto ouvintes mais jovens.
Com referências assumidas em Black Sabbath, Nirvana e Deftones, a Villanelle busca resgatar a energia crua e visceral do rock alternativo dos anos 1990, mas sem abrir mão de uma identidade própria. O lançamento veio acompanhado do anúncio de uma turnê pelo Reino Unido, consolidando o início de uma trajetória que já nasce com expectativa alta.
A sonoridade da estreia: peso, distorção e urgência emocional
Em entrevista à revista NME, Gene Gallagher não escondeu a intensidade que quis imprimir no single de estreia. Segundo ele, “Hinge” é tudo menos contido:
“Quero que soe como se eu estivesse tendo um ataque de nervos. É uma faixa agressiva e ansiosa. Todas as minhas músicas favoritas são assim, bem punk rock. Essa é uma das minhas favoritas até agora.”
O jovem músico descreveu o single como “um verdadeiro gancho de direita”, pontuando que a composição foi construída em cima de “acordes bem pesados e distorcidos pra caramba”. O resultado é um som que dialoga diretamente com a herança do grunge, trazendo à tona um espírito de inconformismo e urgência que marcou toda uma geração de bandas nos anos 1990.
A escolha estética também demonstra uma clara tentativa de se distanciar da sonoridade britpop, marca registrada do Oasis e inevitavelmente associada ao sobrenome Gallagher. Com a Villanelle, Gene busca abrir seu próprio caminho, se conectando com influências mais densas e intensas.
Villanelle e o peso da herança musical
Carregar o nome Gallagher na cena musical britânica não é tarefa simples. Ainda que o sucesso de Liam e Noel tenha projetado o sobrenome no mundo inteiro, também há uma pressão implícita sobre Gene em provar que sua carreira não depende apenas do legado familiar.
A aposta na Villanelle surge como resposta direta a essa cobrança. Ao se cercar de influências ligadas ao metal alternativo e ao grunge, Gene sinaliza que não pretende seguir os mesmos passos do pai, mas sim explorar uma estética sonora que se afasta do britpop e mergulha em terrenos mais pesados.
O próprio single “Hinge” parece ser uma carta de intenções: riffs densos, vocais carregados de urgência e uma produção que prioriza a crueza em vez da polidez. Essa abordagem ajuda a reforçar a ideia de que Gene busca construir sua identidade longe de comparações diretas com o Oasis.
Primeira turnê e expectativas para o EP de estreia
Junto com o lançamento de “Hinge”, a Villanelle também anunciou sua primeira turnê pelo Reino Unido. A série de shows tem como objetivo apresentar ao público as faixas que irão compor o EP de estreia da banda, previsto para chegar ainda este ano.
Segundo Gene, a energia que se ouve no single será transportada integralmente para os palcos. A promessa é de apresentações intensas, com guitarras pesadas, vocais carregados de emoção e a atmosfera agressiva que marca a sonoridade do grupo. Para um público acostumado a ver o sobrenome Gallagher em arenas lotadas, será a chance de testemunhar a gênese de um novo projeto que nasce com ambição e ousadia.
O cenário também favorece a Villanelle: em um momento em que o rock alternativo busca renovação e novas vozes, a entrada de Gene no jogo pode atrair olhares não apenas pelo peso do nome, mas pela consistência de sua proposta artística. Se o EP conseguir manter a energia demonstrada em “Hinge”, o trio tem boas chances de conquistar espaço no competitivo circuito britânico.
Uma nova geração de Gallagher?
Embora ainda no início da carreira, Gene Gallagher demonstra disposição em criar uma trajetória própria. Mais do que carregar o peso de ser filho de Liam, ele parece decidido a usar a Villanelle como plataforma para uma expressão artística particular, que se conecta tanto ao passado do rock quanto a um futuro de experimentações dentro do gênero.
Se a estreia for um indicativo, a Villanelle pode se tornar mais do que apenas um projeto paralelo: pode ser o começo de uma nova geração de Gallaghers que sabem se reinventar dentro da música, sem repetir fórmulas já consagradas.
✅ Em resumo: com riffs pesados, atitude grunge e influências que vão de Sabbath a Deftones, a Villanelle entra em cena com força. Para Gene Gallagher, a missão é clara: provar que o sobrenome é apenas um detalhe diante da música que ele tem para oferecer.
Liam e Gene Gallagher no desfile da Burberry de fevereiro de 2018. Crédito: David M. Benett/Dave Benett/Getty
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