O sábado, 21 de junho, foi de pura vibração no EYE PATCH PANDA, em Brasília. A responsável pela energia contagiante foi a banda Funklosofia, que entregou uma apresentação memorável com releituras cheias de estilo de grandes nomes do soul e do funk mundial. Com um repertório escolhido a dedo e uma performance afiada, o grupo transformou a noite em um verdadeiro mergulho musical.

A Funklosofia é conhecida por seu som encorpado e pela proposta ousada de unir a potência sonora do funk a um toque de sofisticação nos arranjos. Com uma formação que vai além do tradicional — incluindo bateria, baixo, guitarra, teclado, vozes, precursão e uma seção de metais completa (saxofones, trompete e trombone) — o grupo apresenta um espetáculo que conquista tanto pela qualidade musical quanto pela presença de palco.

Um passeio por clássicos do soul e do funk

Durante o show, o público vibrou com interpretações enérgicas de músicas consagradas por artistas como Michael Jackson, Curtis Mayfield, entre outros gigantes do gênero. Com arranjos próprios e uma pegada única, a banda resgatou o melhor da música negra internacional, entregando versões que respeitam os originais, mas com identidade e muito swing.

“A gente gosta de dizer que o som da Funklosofia chega antes da letra. Quando os metais entram, já dá pra sentir que vem energia, história, groove”, comentou um dos integrantes. E foi exatamente isso que aconteceu: a cada nova canção, o público reagia com dança, sorrisos e muitos aplausos.

Um novo capítulo para uma velha conhecida

A Funklosofia já era uma velha conhecida da cena brasiliense, mas agora vive uma fase de reestruturação. Após um tempo fora dos holofotes, a banda voltou com novos integrantes e nova energia. “Fui chamado no final de 2023 e me encontrei nesse projeto. A banda mistura som potente com significado”, contou um dos músicos.

Mesmo sem repertório autoral, a banda se destaca pelo cuidado nos arranjos e pela entrega emocional nas apresentações. Cada música ganha nova vida no palco, e o show se torna uma celebração da história do funk e do soul.

Groove para pensar e dançar

Com um nome que já entrega sua proposta — Funklosofia — a banda aposta em uma fórmula que combina entretenimento e reflexão. “Nosso funk não é só pra dançar, é pra sentir e pensar também”, dizem os integrantes. E o público parece concordar: o show foi recebido com entusiasmo, mostrando que há espaço de sobra para bandas que valorizam a inteligência musical sem abrir mão da diversão.

A Funklosofia deixa claro que, em Brasília, o groove segue vivo — e com muito a dizer, mesmo quando as palavras vêm depois do som.

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