FRANK TURNER confirma estreia no Brasil em 2026 com turnê de três shows no país

Cantor britânico traz ao público brasileiro a turnê do disco Undefeated, acompanhado de Dave Hause e Katacombs

Redação - SOM DE FITA

11/27/2025

A espera dos fãs brasileiros de folk punk finalmente chegou ao fim. Frank Turner, um dos nomes mais prolíficos do gênero na última década, desembarca pela primeira vez no Brasil em janeiro de 2026. O cantor e compositor inglês, conhecido pelo trabalho intenso na estrada e pela postura engajada em causas sociais, integra a nova turnê latino-americana que passa por São Paulo, Brasília e Curitiba entre os dias 30 de janeiro e 1º de fevereiro. A realização é da Powerline Music & Books em parceria com a Sellout Tours, abrindo o calendário do underground internacional do próximo ano.

A turnê faz parte da divulgação do álbum Undefeated (2024), o décimo da carreira solo do artista, que reforça sua trajetória entre o folk, o punk e uma escrita pessoal marcada por reflexões sobre rotina, política e experiências autobiográficas. Turner chega ao país no momento em que mantém uma agenda global de shows que raramente desacelera, após mais de uma década consolidando uma reputação de músico incansável.

Com participações especiais de Dave Hause — figura conhecida tanto pela carreira solo quanto pela passagem pelo The Loved Ones — e da banda Katacombs, os shows no Brasil também refletem o diálogo entre diferentes vertentes do rock alternativo atual. A tour ainda passa por Costa Rica (25/1), Chile (27/1) e Argentina (29/1), reforçando o alcance do artista no continente.

A seguir, você confere mais detalhes sobre a trajetória, números e contexto dessa estreia que marca a primeira visita de Frank Turner à América Latina.

Uma carreira moldada entre o punk, o folk e a escrita confessional

Frank Turner construiu uma discografia que conversa com diferentes públicos e permanece em constante evolução. Sua trajetória solo começou em 2005, após o fim da banda de post-hardcore Million Dead, e rapidamente encontrou identidade própria ao aproximar letras autobiográficas, melodias diretas e uma energia de palco característica.

Turner lançou dez álbuns ao longo de quase duas décadas, incluindo registros ao vivo, compilações e discos que abordam desde temas pessoais até comentários sobre o cotidiano e questões sociais. Um dos momentos mais marcantes de sua discografia recente é o álbum FTHC (2022), que alcançou o primeiro lugar na Official Albums Chart do Reino Unido. Já Undefeated, lançado em 2024, estreou na terceira posição da parada oficial e chegou ao topo da Independent Albums Chart, consolidando sua presença contínua nos rankings britânicos.

O cantor também já participou de eventos de grande relevância, como Glastonbury, Reading & Leeds e o encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, mostrando a versatilidade de sua música em palcos de diferentes escalas — de clubes pequenos a arenas amplas.

Mesmo com esse currículo, Turner sempre manteve uma abordagem de produção acessível e direta, conversando com públicos diversos sem adotar o tom grandioso típico de artistas de mainstream. Essa postura também explica a sólida base de fãs que o acompanha em turnês ao redor do mundo, e que agora terá a oportunidade de vê-lo no Brasil.

A força do engajamento social e o impacto da pandemia na trajetória recente

Além da música, Frank Turner ficou marcado por sua atuação durante a pandemia de COVID-19, quando ajudou a levantar quase 300 mil libras para casas de shows independentes. A iniciativa partiu de uma série semanal de transmissões ao vivo e rendeu ao artista um reconhecimento público importante: o Prêmio de Conquista Extraordinária por Locais de Música Independentes, concedido pelo Music Venue Trust.

Turner também estabeleceu outro marco ao quebrar o recorde mundial da instituição ao realizar 15 shows em 24 horas, todos em casas independentes e em parceria com lojas de discos — um feito representativo tanto do engajamento do artista quanto da importância que ele atribui à sobrevivência do circuito de base.

Seu ativismo dialoga diretamente com o perfil da turnê latino-americana, que transita por espaços médios e independentes, reforçando a conexão com uma audiência mais voltada ao underground. Para um artista cuja narrativa muitas vezes explora resistência, adaptação e críticas sociais, o retorno à estrada pós-pandemia vem acompanhado de um repertório construído por essas vivências recentes.

Sobre seu momento atual, Turner declarou em entrevistas que sempre buscou trabalhar com autenticidade e que o novo álbum nasce dessa continuidade criativa — um diálogo entre passado e presente, e entre conquistas de carreira e inquietações pessoais. Nada indica que a turnê brasileira seguirá por um caminho diferente, especialmente por se tratar de sua primeira visita ao país.

Cidade por cidade: como será a estreia de Frank Turner no Brasil

O roteiro nacional inclui três capitais, escolhidas por sua relevância cultural e por abrigarem um público historicamente ligado ao punk, ao folk e ao rock alternativo:

São Paulo (30/1/2026) — O primeiro show será no Fabrique Club, casa tradicional da zona oeste paulistana, palco frequente de artistas internacionais que circulam pelos circuitos alternativos. Os ingressos já estão disponíveis pelo site da Fastix.

Brasília (31/1/2026) — A capital federal receberá Turner no Infinu, espaço que se destaca por acolher produções independentes e por uma programação que mistura música, artes e eventos comunitários.

Curitiba (1/2/2026) — O encerramento da etapa brasileira será no Belvedere, local conhecido pelo público curitibano que acompanha shows de rock e vertentes pesadas. As vendas ocorrem via plataforma Meaple.

Com esse itinerário, Turner passa por cidades com públicos distintos, mas igualmente ativos dentro das cenas alternativas — um recorte que representa bem o perfil da turnê latino-americana e reforça a importância da estreia do artista no país.

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