Domínio e diversidade marcam os indicados ao THE GAME AWARDS 2025
Clair Obscur: Expedition 33 lidera a disputa, enquanto a cerimônia se aproxima de Los Angeles
Redação - SOM DE FITA
11/18/2025




O ano ainda não acabou, mas a indústria dos games já entrou em clima de premiação. A edição de 2025 do The Game Awards, marcada para o dia 11 de dezembro em Los Angeles, revelou sua lista de indicados e colocou um título bem específico no centro das atenções: Clair Obscur: Expedition 33, que surge como líder absoluto em número de nomeações. A divulgação oficial aconteceu na segunda-feira, 17 de novembro, e imediatamente reacendeu debates entre jornalistas, jogadores e quem acompanha de perto o ritmo do mercado.
Esta edição, assim como a maioria das anteriores, mistura tendências, confirma favoritismos e abre espaço para surpresas. Mesmo com um nome dominante, a lista deste ano apresenta uma diversidade grande de estilos, orçamentos, propostas de design e perfis de público. Para quem acompanha apenas o básico ou para quem se aprofunda no cenário, o conjunto de indicados funciona como uma espécie de resumo do que foi mais relevante — ou mais comentado — ao longo de 2025.
A seguir, um panorama detalhado desta edição, seus destaques e o que observar até a entrega dos troféus.
O domínio de Clair Obscur: Expedition 33
O destaque imediato da lista é Clair Obscur: Expedition 33, que conquistou 12 indicações. É o maior número entre todos os concorrentes e, naturalmente, posiciona o jogo como uma espécie de “favorito técnico” do ano. Mesmo assim, quantidade não é garantia de troféu, e a própria história da premiação mostra vários casos de jogos amplamente indicados que acabaram levando menos prêmios do que se imaginava.
Desenvolvido pela Sandfall Interactive, o jogo mistura combate por turnos com elementos de ação em tempo real e se passa em uma espécie de Belle Époque sombria e fantástica. O estilo visual refinado, a narrativa dramática e a combinação de mecânicas foram alguns dos pontos mais comentados desde o lançamento. Com versões para PlayStation 5, PC e Xbox Series X|S — incluindo disponibilidade no Game Pass — o jogo conseguiu circular bem entre diferentes comunidades, o que ajuda a explicar parte de seu alcance.
No entanto, liderar a lista não é o mesmo que dominar a cerimônia. O peso das votações, o clima da indústria no momento e até as apresentações durante o evento podem influenciar a recepção final. O jogo chega forte, mas não sozinho — e isso talvez seja o ponto mais interessante desta edição.
A categoria Jogo do Ano e o equilíbrio entre estilos
A categoria mais observada, Jogo do Ano, traz uma combinação de títulos que representa bem a variedade do mercado atual. Concorrendo lado a lado com Clair Obscur: Expedition 33, estão:
Death Stranding 2: On the Beach
Hades 2
Donkey Kong Bananza
Hollow Knight: Silksong
Kingdom Come: Deliverance 2
A lista coloca frente a frente jogos de altíssimo orçamento, títulos independentes com enorme peso cultural e continuações de franquias que já possuem um público estabelecido. É uma seleção que mistura expectativas diferentes, estilos de jogo contrastantes e propostas de design que vão do experimental ao tradicional.



Clair Obscur: Expedition 33 surge como favorito enquanto a cerimônia se aproxima de Los Angeles | Foto: Divulgação

No caso de Death Stranding 2: On the Beach, por exemplo, a presença era praticamente garantida, considerando o impacto que o primeiro jogo teve — independentemente das controvérsias. Já Hades 2 representa a força dos indies de grande porte, aqueles que conseguem combinar qualidade, alcance e fama sem assumir o mesmo perfil dos “gigantes” da indústria.
A inclusão de Donkey Kong Bananza demonstra como as franquias clássicas seguem fundamentais, enquanto Hollow Knight: Silksong mantém viva a tradição de indicações para títulos com origem independente. Por fim, Kingdom Come: Deliverance 2 reforça a ideia de que jogos focados em realismo histórico e narrativa densa também têm espaço num cenário acostumado a mundos fantásticos e propostas mais expansivas.
A categoria principal deste ano não parece ter um vencedor garantido. Cada jogo carrega uma vantagem diferente, seja técnica, emocional, narrativa ou cultural. A disputa real só será percebida com a aproximação da cerimônia — e com a performance dos jogos em outras categorias.
O que esperar até dezembro: bastidores, tendências e possíveis surpresas
Com a lista dos indicados definida, agora entra em jogo um período de expectativa. A cerimônia, como já é tradição, será apresentada por Geoff Keighley e transmitida globalmente pelas plataformas digitais. Isso reforça o alcance do evento e mantém o modelo híbrido entre show de anúncios e entrega de prêmios, algo que já virou marca registrada.
Além do foco no Jogo do Ano, as demais categorias ajudam a traçar um retrato mais detalhado de como a indústria está sendo lida neste momento. Clair Obscur, por exemplo, aparece também em categorias como melhor direção e melhor narrativa, o que mostra que seu impacto não se limita apenas ao visual. A variedade de gêneros distribuídos nas categorias reforça como 2025 foi um ano diverso: jogos de ação, RPGs táticos, títulos experimentais e continuações de peso disputam espaço sem que um único estilo domine totalmente.
A reação do público também costuma ser parte importante desse período. Discussões em fóruns, redes sociais e entre criadores de conteúdo começam a moldar uma percepção coletiva que, mesmo não influenciando diretamente o júri, cria um clima que pode favorecer ou enfraquecer candidatos. Jogos que chegam ao final do ano com atualizações significativas, expansões ou campanhas de marketing renovadas também podem recuperar fôlego na reta final.
Do ponto de vista comercial, as indicações costumam impactar vendas e visibilidade, especialmente para títulos independentes ou com orçamento mais modesto. Para jogadores que não acompanharam tudo durante o ano, a lista dos indicados funciona como um guia prático do que testar, do que ficou marcado e do que vale revisitar.
O fato é que os indicados de 2025 traduzem bem a mistura de nostalgia, ambição e experimentação que define o mercado atual. A premiação deste ano promete equilibrar favoritismos com possíveis surpresas — e talvez seja esse o maior interesse em acompanhar o The Game Awards: ver não apenas quem vence, mas como e por quê.
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