Debbie Harry, vocalista do Blondie e ícone absoluto do rock desde os anos 1970, voltou a movimentar os bastidores da música ao compartilhar uma lembrança bastante curiosa envolvendo ninguém menos que David Bowie. A revelação veio durante uma entrevista à Vanity Fair, onde a cantora, hoje com 80 anos, abriu o jogo sobre sua vida, relacionamentos e momentos marcantes com grandes nomes da cena artística.

Durante o bate-papo, ao ser questionada sobre como foi conhecer Bowie, Debbie não hesitou em contar uma abordagem inesperada feita pelo cantor britânico. Segundo ela, Bowie chegou com tudo e soltou a frase direta: “Can I fuck you?” — algo como “posso te foder?”, em tradução coloquial.

Sem perder o bom humor, Harry resolveu brincar com a forma gramatical da pergunta, fazendo troça com o suposto rigor dos britânicos no inglês formal. “O correto seria may I fuck you?”, comentou ela com ironia, antes de lembrar a resposta espirituosa que deu a Bowie na ocasião: “Não sei, você pode?”

Apesar da resposta atravessada, Debbie deixou claro que não houve má intenção de nenhuma das partes. Relembrando o episódio com carinho e uma boa dose de sarcasmo, ela explicou:
“Ele é britânico e [eu pensei] que os britânicos têm mais controle e conhecimento do inglês correto. Sim. Eu fui tão espertinha. Me arrependi de ter dito isso, porque ele era um artista e uma pessoa maravilhosa. Eu estava apenas sendo punk; me esforcei muito para ser punk.”

A cantora preferiu não entrar em detalhes sobre o que aconteceu depois da troca de frases, deixando no ar o mistério — proposital ou não. No entanto, ela confirmou outra história lendária que já havia sido mencionada anteriormente em seu livro de memórias Face It, lançado em 2019: a ocasião em que David Bowie apareceu completamente nu na frente dela.

“[Ele ficou pelado] sim. E era BEM interessante.”, revelou, aos risos.

Importante destacar que, apesar do teor íntimo dos relatos, Debbie reforçou que não se sentiu ofendida ou constrangida com a atitude de Bowie. Em entrevistas passadas, já havia deixado claro que o contexto era consentido e que tudo aconteceu entre adultos que sabiam o que estavam fazendo.

Para além das fofocas dos bastidores do rock, o episódio serve como mais uma lembrança de como as relações entre artistas nos anos 70 costumavam extrapolar os limites da música — misturando liberdade, irreverência e uma dose generosa de improviso. E Debbie Harry, com sua postura firme e bem-humorada, continua sendo uma das melhores cronistas dessa época tão intensa.

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