
DAVID GILMOUR Fecha as Portas Para Reunião do PINK FLOYD
Guitarrista reforça que prefere olhar para frente e investir em novos projetos musicais
Redação - SOM DE FITA
9/30/2025






A expectativa de uma reunião do Pink Floyd, um dos maiores nomes da história do rock progressivo, acaba de receber um balde de água fria definitivo. Em entrevista à Associated Press, David Gilmour, guitarrista e vocalista do grupo, declarou sem rodeios que não há possibilidade alguma de reviver a formação clássica da banda nos palcos. A resposta direta encerra, de uma vez por todas, as especulações que há anos rondam fãs e a indústria da música.
“Como eu posso ser mais claro? Isso não vai acontecer! Você não pode recapitular o passado… então, a minha ambição é trabalhar e olhar para o futuro”, disse Gilmour, em declaração transcrita pelo site Rock Showbizz.
O músico britânico ainda destacou que valoriza sua trajetória ao lado da banda, mas deixa claro que sua energia criativa está em outras direções. “Eu não descarto o passado, mas não me curvo a ele”, completou.
A Trajetória Brilhante e a Última Reunião do Pink Floyd
O Pink Floyd marcou gerações com álbuns icônicos como The Dark Side of the Moon (1973), Wish You Were Here (1975) e The Wall (1979). A sonoridade psicodélica, experimental e as letras profundas fizeram da banda britânica um dos pilares da música mundial. Ainda assim, conflitos internos e diferentes visões criativas marcaram sua história, resultando na saída de Roger Waters em 1985.
Desde então, fãs alimentaram a esperança de um reencontro duradouro. O último momento em que isso realmente aconteceu foi no Live 8, em Londres, no ano de 2005. Na ocasião, David Gilmour, Roger Waters, Nick Mason e Richard Wright, que faleceu em 2008, subiram ao palco para um set histórico de cinco músicas. A performance entrou para a memória coletiva como um acontecimento irrepetível.
Apesar da grande comoção gerada naquele evento, Gilmour sempre deixou claro que não tinha intenção de transformar aquela reunião em algo recorrente. A fala mais recente apenas reforça sua postura de seguir adiante em vez de revisitar o passado.
O Olhar de Gilmour Para o Futuro
Aos 78 anos, David Gilmour demonstra que a chama criativa segue acesa. Em vez de se apoiar no prestígio das glórias passadas, ele reafirma seu desejo de produzir música nova e se envolver em projetos pessoais. Para ele, manter-se artisticamente ativo é mais importante do que satisfazer expectativas externas.
Essa postura não é inédita: em diversas entrevistas ao longo dos anos, o guitarrista apontou que uma reunião poderia soar artificial e sem a mesma intensidade que marcou a banda em seus anos de ouro. “Você não pode recapitular o passado”, enfatizou, dando a entender que, para além da nostalgia, existe uma responsabilidade artística em não transformar o legado em algo forçado.
O foco no futuro também dialoga com a maneira como Gilmour encara a música como processo criativo em constante transformação. Seus discos solo, como Rattle That Lock (2015), mostram um artista disposto a explorar novos territórios sonoros sem se prender a fórmulas já consagradas.
O Legado do Pink Floyd e o Fim das Especulações
A declaração de David Gilmour pode frustrar quem ainda sonhava com uma volta grandiosa, mas também reforça o caráter atemporal da obra do Pink Floyd. O catálogo da banda continua vivo, atravessando gerações e permanecendo como referência na música contemporânea.
A negação definitiva de uma reunião deve, portanto, redirecionar o olhar dos fãs: em vez de esperar um revival, o foco passa a ser a valorização do que já foi produzido. O Pink Floyd segue como um dos capítulos mais importantes da história do rock, e a postura de Gilmour indica respeito a esse passado sem tentar recriá-lo artificialmente.
Ainda que a indústria musical muitas vezes aposte em reuniões como forma de movimentar o mercado, a decisão de Gilmour mostra uma rara coerência artística. Para ele, a música só faz sentido se estiver conectada ao presente e às novas possibilidades criativas.
Conclusão:
O anúncio definitivo de David Gilmour coloca um ponto final em anos de especulação sobre um possível retorno do Pink Floyd aos palcos. A banda já escreveu sua história de forma brilhante e, segundo o próprio guitarrista, cabe agora aos fãs celebrar esse legado sem esperar novos capítulos. “Eu não descarto o passado, mas não me curvo a ele” é a frase que resume não apenas a decisão de Gilmour, mas também a postura de um artista que prefere se reinventar a viver de reprises.
David Gilmour, integrante do Pink Floyd, em registro de 2024 | Crédito: Francesco Prandoni/Getty Images
LEIA TAMBÉM:
Notícias, resenhas e cultura underground em destaque.
© 2025. Todos os direitos reservados.
Música, atitude e resistência em alta rotação.
Rebobinando o furdunço, Dando o play no Fuzuê.
Siga a gente nas redes sociais


