DAVID GILMOR reacende especulações sobre PINK FLOYD em versão com avatares

Guitarrista deixa em aberto possibilidade de espetáculo inovador em Las Vegas, inspirado no modelo do ABBA

Redação - SOM DE FITA

9/15/2025

David Gilmour voltou a surpreender os fãs do Pink Floyd ao sugerir, mais uma vez, a possibilidade de o grupo ganhar vida em formato digital por meio de avatares virtuais. A ideia, que já havia sido mencionada em outras ocasiões, foi retomada durante a exibição de seu filme-concerto Live At Circus Maximus, no BFI Imax, em Londres, e reacendeu discussões sobre um possível futuro digital para uma das maiores bandas da história do rock progressivo.

O comentário que acendeu os rumores

Na sessão de perguntas e respostas após a estreia do filme, Gilmour foi provocado a respeito de novos rumos para shows do Pink Floyd. Ao relembrar a turnê Luck And Strange de 2023, que passou por palcos icônicos como o Royal Albert Hall, Circus Maximus, Hollywood Bowl e Madison Square Garden, ele recebeu uma pergunta direta sobre apresentações em espaços mais modernos.

A resposta foi curta, mas suficiente para animar os fãs. “A Esfera?”, disse o guitarrista, em referência à Sphere, a monumental casa de espetáculos de Las Vegas que se tornou símbolo da fusão entre música e tecnologia de ponta. Em seguida, ele completou: “Bem, sabe, espero, um dia desses, ir lá, sentar e me assistir fazendo isso, que é algo que eu sempre quis fazer. Meu avatar, sabe? Para que eu não precise me levantar e fazer isso”.

A declaração, reproduzida pela revista Classic Rock, não confirma planos concretos, mas dá margem para a imaginação dos admiradores. Afinal, a ideia de assistir ao Pink Floyd em uma versão digital, em um dos espaços mais revolucionários do entretenimento, mexe diretamente com o imaginário de quem acompanhou a banda desde os anos 1970.

A inspiração no espetáculo do ABBA

O modelo que inspira Gilmour é o mesmo do show ABBA Voyage, em Londres, onde avatares digitais dos integrantes recriam performances clássicas do grupo sueco em uma experiência multimídia imersiva. Desde sua estreia, o espetáculo do ABBA tem sido apontado como um marco tecnológico no universo musical, mostrando que a nostalgia e a inovação podem caminhar juntas.

Gilmour já havia se referido a essa possibilidade no ano passado, em entrevista à revista Uncut. Na ocasião, ele afirmou que toparia participar de algo semelhante caso aparecesse “com todo o dinheiro e todas as ideias brilhantes” e, principalmente, se os demais membros do Pink Floyd concordassem com “uma série de condições muito, muito difíceis e onerosas”.

Essa ressalva deixa claro que, embora a ideia seja tentadora, os bastidores de uma produção desse porte exigem não apenas tecnologia de ponta, mas também alinhamento criativo, jurídico e financeiro. Ainda assim, o simples fato de Gilmour voltar a tocar no assunto alimenta esperanças de que algo possa acontecer no futuro.

Pink Floyd, Las Vegas e o futuro digital

A possibilidade de o Pink Floyd se apresentar na Sphere de Las Vegas desperta enorme curiosidade. O espaço, inaugurado em 2023, se consolidou como uma das mais avançadas arenas tecnológicas do mundo, com projeções 360°, sistemas de som imersivo e uma arquitetura que transforma cada espetáculo em uma experiência sensorial inédita.

Ver um show do Pink Floyd — mesmo que em versão digital — nesse local seria, para muitos, a junção perfeita entre a tradição de uma das bandas mais visionárias da história e o futuro do entretenimento. Afinal, o grupo sempre foi conhecido por sua ousadia em palcos, desde as projeções psicodélicas nos anos 1970 até as megaturnês que redefiniram a escala de espetáculos de rock.

Por enquanto, não há nada oficial confirmado. Mas o simples fato de Gilmour, um dos pilares criativos do Pink Floyd, voltar a falar sobre a ideia já gera uma onda de especulações. Para fãs de todas as gerações, a possibilidade de ver a banda em formato de avatar representa não apenas a preservação de um legado, mas também a chance de viver algo completamente novo.

Uma nova forma de manter o legado vivo

Se concretizado, um show com avatares do Pink Floyd poderia representar mais do que uma inovação tecnológica. Seria também uma maneira de manter viva a essência da banda para futuras gerações que nunca tiveram a oportunidade de vê-la ao vivo.

Embora a magia de uma apresentação presencial seja insubstituível, esse formato pode ser entendido como um novo capítulo na história da música, no qual a tecnologia se coloca a serviço da memória cultural. Nesse sentido, Gilmour parece aberto à ideia de que o Pink Floyd transcenda as barreiras do tempo, dialogando com o passado e o futuro de forma simultânea.

O debate agora gira em torno da viabilidade prática e artística de um projeto dessa dimensão. Enquanto isso, os fãs seguem atentos, esperando que, em algum momento, essa possibilidade deixe de ser apenas uma especulação para se tornar realidade.

David Gilmour, em 2024 - Foto: Francesco Prandoni / Getty Images

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