
DAVID ELLEFSON Compara Despedida de OZZY OSBOURNE à Morte da RAINHA ELIZABETH
Ex-baixista do Megadeth destaca a dimensão global da comoção e fala sobre a importância histórica do momento
Redação - SOM DE FITA
8/11/2025




A morte de Ozzy Osbourne, em 22 de julho de 2025, aos 76 anos, vítima de um ataque cardíaco, provocou uma onda de homenagens e comoção que atravessou fronteiras. Para David Ellefson, ex-baixista do Megadeth, o impacto desse momento foi comparável a um dos acontecimentos mais marcantes da última década: a morte da Rainha Elizabeth II.
Em entrevista ao programa The Logan Show, Ellefson refletiu sobre a dimensão mundial da perda do "Príncipe das Trevas" e como o legado de Ozzy ultrapassa a música, atingindo a cultura pop e a história recente.
"Não houve um evento significativo como este desde a morte da Rainha Elizabeth"
Durante a conversa, Ellefson não economizou nas comparações para expressar a magnitude do que testemunhou:
“Sinto que não houve um evento significativo como este, desse nível, provavelmente desde o funeral e a morte da rainha Elizabeth“, afirmou. “Esse foi provavelmente o último acontecimento monumental mundial dessa magnitude — ironicamente vindo da Inglaterra. E sinto que agora existe uma nova família real: os Osbournes. É como se Sharon fosse agora a rainha da Inglaterra. Eles precisavam de uma nova, e ela é essa pessoa. E isso apenas mostra a magnitude de tudo isso.”
O músico destacou que a relevância de Ozzy Osbourne vai além do heavy metal, sendo uma figura que ajudou a moldar o rock moderno e que sempre esteve presente no imaginário coletivo. A comparação com a realeza britânica, segundo Ellefson, não é apenas retórica: ele acredita que Sharon Osbourne assumiu um papel simbólico de liderança e respeito dentro do mundo do entretenimento.
A despedida em vida e o último adeus
Ellefson também relembrou o momento especial que antecedeu a partida de Ozzy: a última apresentação oficial do Black Sabbath, celebrada no evento "Back to the Beginning". Para ele, esse show funcionou como um raro privilégio — uma oportunidade para celebrar um ícone ainda em vida:
“Pudemos celebrar com ele em vida, algo que raramente acontece. Isso tornou a transição para o luto menos abrupta.”
Essa despedida antecipada, segundo o ex-baixista, permitiu que fãs e músicos processassem melhor a perda, transformando a tristeza em um reconhecimento duradouro da importância de Ozzy.
No dia 31 de julho, pouco mais de uma semana após a morte, foi realizado um funeral privado na propriedade da família, em Buckinghamshire, na Inglaterra. O evento contou com cerca de 110 convidados, incluindo companheiros de longa data como Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward, além de outros nomes de peso como Robert Trujillo, Zakk Wylde, Marilyn Manson e Corey Taylor.


Homenagens que atravessaram gêneros e gerações
Ellefson contou que recebeu a notícia da morte de Ozzy enquanto estava no estúdio. O que mais chamou sua atenção, no entanto, foi a diversidade das homenagens que surgiram logo em seguida:
“Havia mensagens de artistas de todos os gêneros, até do Kermit, o sapo. Isso mostra o quanto ele tocou pessoas de diferentes mundos.”
A referência bem-humorada ao famoso personagem dos Muppets reforça a ideia de que Ozzy ultrapassou as barreiras da música pesada, sendo reconhecido e admirado por públicos que vão muito além do heavy metal.
Na véspera do funeral privado, milhares de fãs tomaram as ruas de Birmingham, cidade natal de Ozzy, para prestar suas últimas homenagens. O cortejo e os tributos transformaram a data em um marco para a história da música. Segundo autoridades locais, foi uma das maiores manifestações públicas já registradas na cidade, reunindo desde jovens recém-iniciados no rock até veteranos que acompanharam o Black Sabbath desde os anos 70.
Legado eterno do "Príncipe das Trevas"
A fala de David Ellefson resume um sentimento compartilhado por milhões: a morte de Ozzy Osbourne não representa apenas o fim de uma carreira brilhante, mas o fechamento de um capítulo importante da história cultural mundial.
Assim como a realeza britânica simboliza continuidade e tradição, Ozzy foi, para o rock, uma figura de resistência e renovação, mantendo-se relevante por mais de cinco décadas. Do nascimento do heavy metal com o Black Sabbath à sua bem-sucedida carreira solo, sua influência moldou gerações de músicos e fãs.
A presença de figuras públicas de diferentes áreas, desde artistas do rock e do pop até personagens icônicos da TV, reforça a ideia de que Ozzy não era apenas um músico, mas um fenômeno cultural. Sua autenticidade, carisma e postura desafiadora ajudaram a construir uma imagem única, que continuará inspirando novas gerações mesmo após sua partida.
Para Ellefson e muitos outros, o vazio deixado por Ozzy será sentido por muito tempo, mas seu legado permanece vivo — nos discos, nas histórias e na energia que ele espalhou pelo mundo.
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