DAVE MUSTAINE conquista faixa preta em jiu-jitsu brasileiro aos 64 anos
Vocalista e guitarrista do Megadeth recebe graduação na escola Renzo Gracie e amplia trajetória marcada por disciplina além da música
Redação - SOM DE FITA
12/15/2025




Aos 64 anos, Dave Mustaine voltou a chamar atenção fora do universo do heavy metal. Conhecido mundialmente como líder do Megadeth e um dos nomes centrais da história do thrash metal, o músico norte-americano conquistou a faixa preta em jiu-jitsu brasileiro, alcançando um novo marco pessoal longe dos palcos e estúdios. A graduação foi realizada na escola Renzo Gracie e divulgada publicamente por seu treinador, Reginaldo Almeida, por meio das redes sociais da academia.
A conquista surge em um momento simbólico da vida do artista, que nos últimos anos falou abertamente sobre limitações físicas, lesões acumuladas ao longo da carreira e questões de saúde que impactaram diretamente a rotina de turnês do Megadeth. Ainda assim, Mustaine manteve uma disciplina rigorosa fora da música, encontrando nas artes marciais uma prática contínua de condicionamento físico, foco mental e resiliência — características que dialogam diretamente com sua trajetória artística.
Mais do que um episódio pontual, a faixa preta em jiu-jitsu brasileiro reforça uma relação antiga de Dave Mustaine com o esporte e com diferentes modalidades de artes marciais, evidenciando um perfil que vai além do estereótipo do astro do rock.
Uma graduação construída com constância e disciplina
A conquista da faixa preta em jiu-jitsu brasileiro não é resultado de um esforço recente ou ocasional. Trata-se de um processo longo, que exige anos de treinamento, frequência constante, avaliações técnicas rigorosas e evolução contínua dentro da modalidade. No caso de Mustaine, a graduação foi conduzida no ambiente da escola Renzo Gracie, uma das mais respeitadas do mundo quando o assunto é jiu-jitsu brasileiro, conhecida por formar atletas e professores reconhecidos internacionalmente.
Reginaldo Almeida, treinador responsável por acompanhar o músico nesse percurso, compartilhou o momento da graduação nas redes sociais da academia, destacando o comprometimento e a seriedade com que Mustaine encarou o treinamento. Embora a rotina do guitarrista envolva compromissos artísticos, viagens e períodos intensos de trabalho, o avanço no jiu-jitsu demonstra que o músico manteve regularidade e dedicação ao longo do tempo.
No jiu-jitsu brasileiro, a faixa preta representa não apenas domínio técnico, mas também maturidade na compreensão do esporte, respeito à hierarquia e capacidade de aplicar os fundamentos de forma eficiente. Para atletas mais jovens, o processo já é desafiador; para alguém acima dos 60 anos, torna-se ainda mais significativo, considerando fatores como condicionamento físico, recuperação muscular e adaptação do corpo às exigências da prática.
Nesse sentido, a graduação de Dave Mustaine chama atenção não como um feito midiático, mas como um exemplo concreto de persistência e compromisso com um objetivo pessoal de longo prazo.



Dave Mustaine e Kiko Loureiro, do Megadeth, durante treino de jiu-jitsu — Crédito: Reprodução / YouTube

Artes marciais como parte da vida fora dos palcos
A relação de Dave Mustaine com as artes marciais não começou no jiu-jitsu brasileiro. Antes mesmo de se dedicar à modalidade, o músico já havia alcançado faixas pretas em taekwondo e no karatê Ukidokan, demonstrando interesse consistente por práticas que exigem disciplina física e mental.
Essas experiências anteriores ajudam a contextualizar sua trajetória no jiu-jitsu, já que artes marciais compartilham princípios comuns, como foco, controle emocional, respeito ao adversário e constância no treinamento. Para Mustaine, esse envolvimento parece ter funcionado como um contraponto à intensidade da vida artística, marcada por turnês longas, gravações exigentes e, em décadas passadas, um estilo de vida frequentemente associado a excessos.
Nos últimos anos, o músico passou a falar com mais franqueza sobre saúde, envelhecimento e os impactos físicos acumulados ao longo da carreira. Problemas ortopédicos e outras condições influenciaram decisões importantes do Megadeth, como a redução no ritmo de atividades e ajustes na agenda de shows. Mesmo assim, o jiu-jitsu permaneceu como uma prática viável, adaptável às limitações do corpo e capaz de oferecer benefícios físicos sem exigir impactos extremos.
Além do aspecto físico, a arte suave também oferece ganhos no campo mental, algo frequentemente mencionado por praticantes mais experientes. O treino exige raciocínio estratégico, controle da respiração e capacidade de lidar com pressão — elementos que dialogam, de forma curiosa, com a experiência de um músico acostumado a palcos, público e ambientes de alta exigência.
Envelhecimento ativo e novos marcos pessoais
A faixa preta conquistada aos 64 anos também coloca Dave Mustaine dentro de um debate cada vez mais presente no esporte e na cultura contemporânea: o envelhecimento ativo. Em um cenário onde atletas, artistas e profissionais de diferentes áreas buscam prolongar suas carreiras e manter qualidade de vida, a história do músico funciona como um exemplo concreto de que metas físicas e técnicas não estão restritas à juventude.
No caso específico do jiu-jitsu brasileiro, há um crescimento notável no número de praticantes acima dos 40, 50 e até 60 anos, justamente por se tratar de uma modalidade que permite adaptações, valoriza técnica sobre força bruta e incentiva o aprendizado contínuo. A graduação de Mustaine dialoga diretamente com esse movimento, mostrando que o avanço de faixa é possível mesmo em fases mais maduras da vida.
É importante destacar que o feito não altera diretamente a trajetória musical do Megadeth nem se apresenta como um novo eixo de atuação pública do artista. Trata-se, antes de tudo, de uma conquista pessoal, celebrada dentro de um ambiente esportivo específico e compartilhada com fãs como parte de sua vida fora dos holofotes musicais.
Ainda assim, o episódio reforça uma imagem já conhecida entre seguidores mais atentos: a de um músico que sempre levou a disciplina a sério, seja na composição, na execução técnica de suas músicas ou nas escolhas pessoais ao longo da vida. A faixa preta em jiu-jitsu brasileiro entra nesse conjunto como mais um capítulo de uma trajetória marcada por constância, mesmo diante de desafios físicos e do passar do tempo.
Sem discursos grandiosos ou transformações espetaculares, Dave Mustaine adiciona mais um marco à sua história — desta vez longe dos amplificadores, mas alinhado ao mesmo princípio que sempre guiou sua carreira: dedicação contínua ao que se propõe a fazer.

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