
DANI FILTH quebra o silêncio sobre polêmica no CRADLE OF FILTH
Vocalista compartilha sua versão após saída de Zoe Federoff e demissão de Ashok Smerda
Redação - SOM DE FITA
9/1/2025






O Cradle of Filth, uma das bandas mais icônicas do metal extremo, voltou ao centro das atenções nos últimos dias após um turbilhão de acontecimentos envolvendo mudanças na formação. A saída da tecladista e vocalista Zoe Federoff no meio da turnê pela América do Sul e a subsequente demissão de seu marido, o guitarrista Marek “Ashok” Smerda, geraram uma onda de especulações entre fãs e veículos especializados.
Diante das acusações e boatos que se multiplicaram nas redes sociais, Dani Filth, fundador e vocalista da banda, decidiu publicar um longo comunicado em suas contas oficiais no Facebook e Instagram, no dia 29 de agosto. No texto, ele explica que é hora de apresentar “o seu lado da história” e detalha pontos sobre contratos, convivência na turnê e acusações direcionadas à gestão do grupo.
As informações foram publicadas pelo site Loudwire.
A versão de Dani Filth sobre contratos e gestão
Logo no início de sua declaração, Dani deixa claro o motivo do posicionamento público: “Saudações a todos, acho que é hora de revelar o meu lado da história, agora que tantas acusações foram feitas contra a banda, nossa gestão e eu pessoalmente.”
O vocalista reconhece a demora para se manifestar, explicando que precisava de um tempo para refletir: “Peço desculpas pelo leve atraso desta declaração; era importante abordar isso de maneira equilibrada após reflexão. O momento também foi complicado, já que a banda está atualmente em turnê pela América do Sul, com dias de viagem árduos, voos longos e shows.”
Dani afirma que não acredita em “troca de ofensas” nem em difamação, mas reforça que precisava esclarecer pontos importantes. Sobre a polêmica em torno de contratos, ele foi categórico:
“Não existe um contrato que deveria ter sido assinado da forma como estava, mas sim um esboço inicial para se construir a partir daí. Um dos principais motivos dessa situação é a má comunicação sobre a natureza do contrato.”
O músico ainda frisou que nenhum integrante da banda é proibido de atuar em outros projetos paralelos. Segundo ele, o grupo organiza suas turnês em cerca de 40% do ano, deixando o restante livre para compromissos individuais.
Além disso, Dani defendeu o trabalho da Oracle Management, liderada por Dez Fafara e Anahstasia, afirmando que ambos foram fundamentais para manter o Cradle de pé financeiramente e artisticamente: “Dez e Anahstasia têm sido nada menos que maravilhosos. Cuidadosos e compreensivos, abriram mão de comissões para fazer as turnês acontecerem e trabalharam de perto com a banda para nos trazer oportunidades incríveis.”
Conflitos nos bastidores e acusações entre ex-integrantes
Dani também se aprofundou sobre os primeiros dias da turnê sul-americana, alegando que Zoe e Ashok não cumpriram o combinado de manter a postura profissional. “Nos três primeiros dias, eles beberam muito e discutiram entre si, criando um ambiente disruptivo. Testemunhei discussões acaloradas que incluíram até abusos verbais e físicos em público.”
Segundo ele, Zoe teria tentado manipular fatos para construir uma narrativa contra a banda: “Ela falhou em se adaptar ao grupo e agora tenta difamar e mentir o máximo possível para atrair antipatia contra mim e nossa gestão.”
Dani também comentou sobre a demissão de Ashok, que ocorreu logo após o guitarrista se manifestar em defesa da esposa e atacar nomes ligados ao heavy metal. O vocalista classificou esse episódio como inaceitável.
No comunicado, Dani ainda rebateu acusações de “gordofobia”: “Nunca isso foi praticado. Dez nunca disse que alguém era gordo ou pesado demais. Ele apenas falou à Anabelle (nossa ex-tecladista): ‘por favor cuide da sua saúde, você tem turnê e vídeos chegando’.”
Reflexões sobre a carreira e recado aos fãs
Em outro momento, Dani reconheceu seus próprios erros, dizendo que o contrato polêmico enviado à banda foi um documento antigo e mal formulado, que não deveria ter sido usado. Ele garantiu que agora trabalha com os demais integrantes para elaborar um acordo mais justo e transparente.
Ele também foi honesto ao falar de sua própria trajetória: “Assim como muitos colegas da indústria musical, eu fui praticamente um alcoólatra em determinados períodos da minha carreira. É por isso que consigo observar padrões erráticos de comportamento e também por isso estou sóbrio há quase três anos.”
O líder do Cradle of Filth encerrou o comunicado agradecendo o apoio de fãs, colegas músicos e outras bandas que enviaram mensagens de solidariedade: “Obrigado a todas as bandas, fãs e músicos que ofereceram seu apoio nesta questão. Vocês são muito apreciados! Avante e para cima, como dizem! Vejo vocês na estrada.”
Além do texto, Dani compartilhou capturas de tela de conversas de Ashok com Dez Fafara, onde o guitarrista atacava duramente o empresário e até Sharon Osbourne. Nas mensagens, Dez respondeu defendendo seu papel e pedindo para que Ashok parasse de pressionar Dani durante a turnê.
O episódio mostra mais uma vez como a vida de uma banda de renome mundial pode ser marcada por tensões internas e disputas de bastidores, mas também pela necessidade de resiliência para seguir em frente.
Foto: Venla Shalin, Redferns
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