CRYPTA é confirmada no show de despedida do Sepultura na Europa

A despedida mundial do Sepultura tem movimentado o calendário do metal, e a Europa será palco de um dos momentos mais simbólicos dessa turnê final. Em agosto de 2026, a 3Arena, em Dublin, receberá um evento que promete marcar época — e a Crypta foi oficialmente anunciada como uma das atrações. A participação não apenas reforça o bom momento da banda brasileira, como também abre um capítulo inédito na trajetória do quarteto: será o primeiro show delas em um estádio.

A ocasião reúne grupos que ajudaram a moldar diferentes vertentes do metal. Além da Crypta, foram confirmadas Biohazard, Sacred Reich e Malevolence, garantindo uma noite que dialoga com várias gerações do gênero. Os ingressos começam a ser vendidos no dia 28 de fevereiro, pelo site da Ticketmaster, e a expectativa é de forte procura, considerando o peso desse encerramento histórico do Sepultura no continente europeu.

A seguir, o Som de Fita traz um panorama detalhado sobre a relevância da participação da Crypta, o impacto cultural desse encontro e o contexto da turnê que vem movimentando a banda pela América Latina.

A importância da ocasião para a Crypta e para o metal brasileiro

Estar no lineup de um show de despedida do Sepultura por si só já coloca qualquer banda em uma posição simbólica, mas no caso da Crypta, o significado ultrapassa o aspecto profissional. Desde o primeiro álbum, o grupo se consolidou como um dos nomes mais relevantes do death metal contemporâneo, levando o metal extremo brasileiro para audiências internacionais e festivais de grande porte. A confirmação no evento em Dublin representa mais um degrau dessa ascensão.

Para a banda, tocar na 3Arena é um marco. O local, com capacidade superior a 13 mil pessoas, recebe artistas de alto impacto global, e é a primeira vez que a Crypta se apresenta em um estádio. Essa visibilidade amplia o alcance do quarteto e fortalece sua inserção no circuito europeu, onde já vem construindo uma base sólida de fãs.

A conexão com o Sepultura também carrega um simbolismo inegável. Considerado um dos maiores expoentes do metal mundial, o grupo brasileiro influenciou músicos de diversas nacionalidades — e, como veremos mais adiante, teve papel determinante na própria formação artística da vocalista e baixista da Crypta, Fernanda Lira.

Para o público europeu, a escolha do lineup reforça a ideia de que a despedida do Sepultura não será apenas um ato cerimonial, mas sim um evento totalmente alinhado às raízes da banda e à continuidade do metal produzido no Brasil e no restante do mundo.

A reação emocionada de Fernanda Lira ao anúncio

Poucos anúncios recentes do metal nacional repercutiram tanto quanto o da participação da Crypta nesse show. Nas redes sociais, Fernanda Lira compartilhou a dimensão pessoal e artística desse momento. Em suas palavras, a notícia ultrapassa a lógica profissional e acessa uma memória afetiva muito mais profunda.

“Ainda não tenho palavras pra descrever o que é anunciar isso. Esse show, sem dúvida, é um dos mais importantes da minha vida. Desde a adolescência, o Sepultura foi uma das maiores influências da minha jornada (não só musicalmente)”, afirmou a vocalista.

O depoimento evidencia como o Sepultura transcende o papel habitual de banda influente. Para muitas artistas latino-americanas, especialmente mulheres entrando em um cenário historicamente dominado por homens, a existência do Sepultura funcionou como um espelho possível — e isso fica claro na continuação da declaração de Fernanda:

“Foi a banda que me mostrou que uma latino-americana podia fazer metal, subir num palco gigante e viver um sonho que parecia impossível. Se não fosse o Sepultura, minha trajetória no metal provavelmente nem existiria”.

As falas reforçam o peso de representatividade presente nesse encontro entre as duas bandas. É um ciclo que se encerra para o Sepultura, ao mesmo tempo em que impulsiona uma nova geração de artistas brasileiras que hoje ocupam o palco com a mesma legitimidade e intensidade que um dia admiraram à distância.

Entre turnês, novos públicos e agenda cheia na América Latina

Enquanto celebra o anúncio internacional, a Crypta mantém uma agenda intensa em 2024 e 2025. A turnê Latino-Americana já passou por Uruguai, Argentina, Chile e Colômbia, consolidando a banda como um dos nomes mais ativos do metal extremo na região. A recepção calorosa nesses países reforça a força do death metal brasileiro além das fronteiras e mostra a crescente internacionalização do público da banda.

Atualmente, a Crypta está no México, onde realizará três apresentações antes de retornar ao Brasil. No território nacional, a banda cumpre uma sequência de datas que fecha o ciclo do ano com energia total:

• 05/12 – Belo Horizonte/MG (Mister Rock)

• 06/12 – Brasília/DF (Toinha)

• 07/12 – Belém/PA (Botequim)

Esses shows mantêm a proximidade com o público brasileiro e fortalecem a presença da banda em diferentes regiões do país. A movimentação constante também demonstra o ritmo de trabalho do grupo, que tem se mantido ativo tanto em turnês como em produções de estúdio.

Enquanto isso, o anúncio da participação em Dublin já projeta a Crypta para 2026, mostrando que a agenda internacional seguirá firme. Estar em um evento tão simbólico certamente amplia o alcance da banda e reforça seu posicionamento no cenário global.

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