CHOCOCORN and the SUGARCANES encerra era “SIAMÊS” no Hangar 110 com prévia de novo álbum

Depois de 14 mil km de estrada em 2025, banda volta a São Paulo para show simbólico e promete apresentar músicas inéditas

Redação - SOM DE FITA

11/27/2025

A Chococorn and the Sugarcanes retorna ao Hangar 110 neste sábado (29) em um show que marca o encerramento da turnê do álbum Siamês, lançado em 2024. Após percorrer o Brasil em uma maratona de mais de 14 mil quilômetros, passando por cerca de 30 cidades em 12 estados, o grupo de Santa Bárbara d’Oeste se despede dessa fase enquanto dá início à divulgação de sua nova etapa artística. A apresentação integra uma noite com Eliminadorzinho, Chard La Plaga e Loop Cinema. Ingressos estão disponíveis na Pixel Ticket.

Para a banda, formada em 2021, o show no Hangar 110 funciona como fechamento de ciclo e anúncio de um próximo capítulo. O público deve ouvir os principais singles do primeiro álbum e também algumas faixas inéditas do segundo disco, já finalizado e previsto para lançamento nos próximos meses.

O fim da turnê e o começo de outra etapa

No show deste sábado, a Chococorn and the Sugarcanes deve revisitar canções que ajudaram a definir Siamês, como “Caminhão de Mudança”, cuja versão acústica foi gravada no Estúdio El Rocha com o produtor Fernando Sanches, e “Carro de Lata”, faixa influenciada por dreampop e nomes como Terno Rei e No Vacation. As músicas, que combinam temas de amadurecimento, distâncias e transições da vida jovem, formaram a base do que o público costuma identificar como “emo caipira”, rótulo que a banda abraçou pela forma como mistura sensibilidade e referências do interior paulista.

Para Ale, baterista da Chococorn, o momento é significativo tanto emocionalmente quanto criativamente. “Será ainda mais emocionante que nossa primeira passagem pelo Hangar 110, muito por conta do peso emocional de estar perto de acabar a era ‘Siamês’. Além disso, vamos tocar algumas músicas novas, do álbum novo. Vai ser um show muito simbólico”, afirma.

O segundo disco já está concluído e representa, segundo ele, um avanço em todas as frentes: “Lançaremos nosso segundo disco e estamos profundamente orgulhosos dele. Sentimos que ele transmite muito bem o que faz a Chococorn ser a Chococorn, mas agora vai ser tudo elevado à décima potência, tanto emocionalmente, quanto criativamente. Faremos turnês ainda maiores, com shows mais especiais, mais bem trabalhados... Tá tudo ficando mais maduro, mais bonito, mais impactante. Todo o universo Chococorn vai se ampliar para todas as direções”, diz.

A banda também compartilha que toda a experiência acumulada na estrada influenciou diretamente o álbum que vem aí. “Viajar pelo país todo, ir para estados e cidades lindas pela primeira vez e por causa da nossa banda... é algo que nos toca profundamente. Creio que todos os aprendizados deste ano estão refletidos no nosso segundo álbum”, completa Ale.

Uma jornada que começou no interior paulista

A Chococorn and the Sugarcanes começou em Santa Bárbara d’Oeste reunindo amigos de infância: Alexandre Luz (bateria), Pipe Bacchin (guitarra base), Pedro Guerreiro (guitarra solo) e Pietro Sartori (baixo). As influências sempre passaram pelo emo contemporâneo, indie e shoegaze, mas com uma estética própria que remete ao cotidiano do interior e às transições da adolescência para a vida adulta.

O disco Siamês foi lançado em 2024 e, no aniversário de um ano, ganhou edição remasterizada por Alexandre Capilé (Sugar Kane, Water Rats) e uma tiragem em CD. O registro serviu de porta de entrada para turnês constantes e ajudou a formar uma conexão com o público em diferentes regiões.

A turnê de 2025 teve cerca de 40 shows, muitos deles em cidades onde a banda nunca havia se apresentado. A variedade de experiências — desde casas pequenas até eventos maiores — consolidou a identidade da Chococorn como um dos nomes mais ativos do circuito independente. A rotina também trouxe os desafios clássicos do underground brasileiro: deslocamentos longos, estrutura limitada e decisões rápidas diante de imprevistos. Ainda assim, o grupo avalia a jornada como essencial para o amadurecimento.

Essa vivência aparece com mais força no novo disco, que deve manter a base emocional do trabalho anterior, mas com produção mais robusta e arranjos pensados para palcos maiores. A banda espera levar o próximo show para lugares ainda não visitados.

Uma noite com diferentes vertentes do underground paulista

A apresentação no Hangar 110 reúne também Eliminadorzinho, Chard La Plaga e Loop Cinema, três nomes que representam caminhos distintos dentro da cena alternativa.

A Eliminadorzinho, grupo paulistano com sonoridade que mistura emo, shoegaze e indie rock, deve apresentar faixas que combinam guitarras distorcidas, bateria intensa e letras que tratam de melancolia e energia em igual medida. O projeto tem crescido pela entrega ao vivo e pela identidade que transita entre o barulho e a sensibilidade.

Chard La Plaga chega com suas influências de rap alternativo, estética pós-internet e composições que ganharam força especialmente no TikTok. A mistura de batidas experimentais com letras confessionais construiu uma base de fãs que acompanha o trabalho desde as primeiras gravações.

Fechando o lineup, Loop Cinema — projeto de Sabrina Love — apresenta um som experimental descrito como “pura criatividade e glamour”. A artista trabalha com atmosferas mais sensoriais, camadas delicadas e identificação visual marcante, ampliando o espectro da noite.

O encontro entre esses projetos reflete a diversidade do cenário independente e reforça a tradição do Hangar 110 como espaço de circulação de novas tendências e artistas emergentes.

SERVIÇO — Chococorn and the Sugarcanes no Hangar 110

Data: 29 de novembro (sábado)
Horário: a partir das 18h
Local: Hangar 110 — Rua Rodolfo Miranda, 110, Bom Retiro, São Paulo
Atrações: Chococorn and the Sugarcanes, Eliminadorzinho, Chard La Plaga, Loop Cinema
Ingressos: Pixel Ticket
Classificação: 18 anos

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