
BRUCE DICKINSON critica uso de CELULARES em shows e chama hábito de “falha da humanidade”
Vocalista do Iron Maiden reforça opinião sobre a perda de conexão entre público e música nas apresentações ao vivo
Redação - SOM DE FITA
9/23/2025






O eterno frontman do Iron Maiden, Bruce Dickinson, voltou a expor sua insatisfação com a presença constante de celulares levantados em shows. Durante participação no podcast Appetite for Distortion, o cantor foi direto ao ponto e não economizou palavras. Para ele, a câmera dos smartphones “nunca deveria ter sido inventada” e esse costume representa nada menos do que “uma falha da humanidade”.
A declaração repercutiu fortemente entre fãs de rock e levantou novamente o debate sobre os limites entre registrar um momento e realmente vivê-lo. Em tempos em que a maior parte do público prefere filmar trechos de apresentações para as redes sociais, Dickinson insiste que o verdadeiro sentido de um show está no contato direto com a música, a banda e as pessoas ao redor.
A crítica de Dickinson ao público que assiste ao show pelo celular
Segundo o vocalista, assistir a um show com os olhos fixos na tela é desperdiçar toda a experiência sensorial que um espetáculo ao vivo pode oferecer. Ele foi categórico ao afirmar: “Você está estragando completamente os seus sentidos”.
Para Dickinson, há uma diferença enorme entre estar presente e apenas registrar o que acontece. O cantor recomendou que os fãs tentem abandonar esse hábito: “Largue-o, coloque-o no bolso e olhe ao seu redor. Observe as pessoas, a alegria, a banda, sinta a emoção, sinta a música”.
O artista relembrou que, em muitas ocasiões, a atmosfera de um show é comprometida justamente pela quantidade de luzes e telas iluminando o público. Para ele, essa barreira tecnológica diminui a intensidade da troca entre artistas e espectadores. Não se trata de demonizar os avanços, mas de preservar o que torna uma apresentação única: a vivência do momento.
Experiência sem celulares: Ghost como exemplo positivo
Bruce Dickinson também citou um caso que o marcou. O vocalista contou que presenciou um show do Ghost onde a plateia foi incentivada a guardar os aparelhos, e o resultado, segundo ele, foi impressionante. A ausência de celulares, afirmou, transformou o ambiente e potencializou a energia coletiva.
Essa experiência reforçou ainda mais a visão de que a música ao vivo é algo que deve ser experimentado com todos os sentidos, sem distrações digitais. Para Dickinson, quando o público está de corpo e alma, a atmosfera se torna especial e inesquecível, criando uma memória coletiva que não depende de vídeos ou registros para existir.
Apesar de sua crítica dura, o Iron Maiden ainda não adota uma política oficial de proibição de celulares em suas apresentações, como já acontece em alguns shows de outros artistas. No entanto, a banda tem feito um apelo para que os fãs tentem aproveitar o espetáculo sem a necessidade de gravar cada detalhe.
O futuro do Iron Maiden e a expectativa para o Brasil
Além de criticar os celulares, Bruce Dickinson também aproveitou entrevistas recentes para falar sobre o futuro do Iron Maiden. Em conversa com a Rede Globo, o vocalista confirmou que a banda voltará ao Brasil em 2026, notícia que animou a legião de fãs brasileiros.
Com uma base sólida no país e shows históricos já realizados por aqui, o retorno da banda promete ser mais um capítulo marcante na relação com o público. Ao mesmo tempo, a fala de Dickinson serve como um aviso antecipado: os fãs podem esperar que ele continue incentivando a vivência real dos shows, sem o filtro das câmeras de celulares.
A discussão levantada pelo cantor também reflete um dilema atual: até que ponto a necessidade de registrar tudo não está nos afastando daquilo que realmente importa? Para Dickinson, a resposta é clara — a música merece ser sentida e vivida no presente, e não apenas arquivada em um feed de vídeos curtos.
Conclusão
As críticas de Bruce Dickinson reacendem uma conversa que divide opiniões, mas que ganha cada vez mais relevância no cenário cultural. Enquanto muitos defendem a liberdade de usar o celular em qualquer situação, outros concordam que o excesso de gravações pode empobrecer a experiência coletiva de um show.
Seja como for, o vocalista do Iron Maiden deixa sua mensagem direta: a música é mais poderosa quando vivida sem intermediários. Em tempos em que a tecnologia disputa espaço com as emoções, a provocação de Dickinson pode ser um convite para repensar a forma como aproveitamos os momentos que, no fim, não podem ser repetidos.
Bruce Dickinson no The Town 2025 | Foto: Marcela Lorenzetti
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