
BRASÍLIA FEST ROCK 2025 celebra a força do som autoral no EIXO CULTURAL IBERO-AMERICANO
Um fim de semana de pura energia e diversidade sonora em Brasília
Redação - SOM DE FITA
10/7/2025






Nos dias 4 e 5 de outubro, o Eixo Cultural Ibero-Americano, no coração de Brasília, foi tomado pelo som pulsante das guitarras e pela energia de 16 bandas que reafirmaram o vigor do rock autoral do Distrito Federal e Entorno. O Brasília Fest Rock 2025 reuniu nomes de diferentes vertentes — do indie ao metal extremo — e consolidou-se como um dos principais eventos de resistência da música independente na capital.
O festival, com entrada gratuita, recebeu um público empolgado que vibrou a cada apresentação, celebrando não apenas os clássicos da cena local, mas também as novas vozes que vêm despontando nos palcos brasilienses. A atmosfera foi de encontro, troca e celebração: artistas, produtores e fãs reunidos em torno de um mesmo ideal — o amor pelo rock feito em casa.
Entre as bandas que marcaram presença, estiveram As Verdades de Anabela, ARD, Cassino Supernova, Mota, Passo Largo, Ralé Xique, Quinta Essência, Signo 13, Arandu Arakuaa, Cianuretto, Daniele Firme, Mandalla, Murderess, Suíte Super Luxo, Terror Revolucionário e Ypu. Cada uma delas levou ao palco sua própria identidade e sonoridade, compondo um mosaico autêntico da música alternativa do Centro-Oeste.
Cassino Supernova ressurge com vigor e rouba a cena entre os veteranos
Entre as apresentações mais comentadas do festival, o retorno da Cassino Supernova foi um dos momentos mais marcantes. A banda, que fez história na cena underground brasiliense nos anos 2010, voltou aos palcos com um show intenso e tecnicamente impecável. Misturando influências de rock psicodélico, garage e stoner, o grupo demonstrou maturidade musical e presença cativante.
O público vibrou com faixas que transitavam entre riffs encorpados e atmosferas viajantes, reafirmando o porquê de a Cassino Supernova ter sido considerada uma das bandas mais criativas do rock alternativo local. A volta da banda foi celebrada por antigos fãs e descoberta por uma nova geração que pôde presenciar um reencontro histórico.
Mas o sábado foi apenas uma parte da festa. Bandas como Mota, Quinta Essência e Ralé Xique trouxeram energia e criatividade, explorando temáticas que vão do existencialismo à crítica social, enquanto Passo Largo e ARD deram peso e autenticidade ao evento com composições afiadas e execução precisa. Já Signo 13 e As Verdades de Anabela mostraram como o rock autoral pode equilibrar lirismo e intensidade, fechando um ciclo de apresentações vibrantes.
Murderess e o metal feminino em destaque no segundo dia de festival
O domingo trouxe uma sequência de shows marcantes, com especial destaque para a Murderess, banda liderada pela vocalista Cláudia Franco, que se consolidou como uma das maiores forças do metal local. Com influências que vão do thrash ao heavy tradicional, o grupo apresentou músicas do EP Time to Kill e do recém-lançado Time to Kill Vol. 2. A performance foi potente, com guitarras afiadas, bateria precisa e uma presença de palco arrebatadora.
Cláudia emocionou o público ao declarar que o Fest Rock é “um espaço essencial para o fortalecimento das mulheres no metal e da cena underground do DF”, frase que ecoou entre aplausos e coros entusiasmados.
Além da Murderess, o festival contou com a potência ancestral da Arandu Arakuaa, que levou ao palco sua fusão singular de metal e cultura indígena brasileira; a pegada visceral de Cianuretto e Terror Revolucionário, que trouxeram discursos politizados; A musica de Mandalla e Suíte Super Luxo, explorando camadas instrumentais elaboradas; e a sensibilidade de Daniele Firme e Ypu, que equilibraram melodia e peso em shows cheios de personalidade.
Entre as apresentações, a DJ Eliane América manteve o clima aquecido, conectando os estilos e garantindo que a vibração não diminuísse nem nos intervalos.
O legado de um festival que reafirma o poder da cena brasiliense
Mais do que um evento musical, o Brasília Fest Rock 2025 reafirmou o papel de Brasília como um território fértil para o rock autoral. O Eixo Cultural Ibero-Americano — antigo espaço da Funarte — foi o palco perfeito para simbolizar essa retomada: um lugar histórico, agora reocupado por artistas independentes que resistem e reinventam a cena musical local.
O festival mostrou que o público ainda tem sede de música autêntica e que há uma geração inteira de bandas produzindo conteúdo relevante, com qualidade técnica e identidade própria. Ver nomes como Cassino Supernova e Murderess brilhando lado a lado de novos talentos foi o lembrete de que a capital do país segue viva, criativa e barulhenta — do jeito que o rock deve ser.
Para quem esteve presente, ficou a certeza de ter presenciado um capítulo importante da história recente do som autoral brasiliense. E para quem não foi, a promessa é clara: o Fest Rock voltará ainda maior, reafirmando que o rock do Planalto Central está mais vivo do que nunca.
Banda Murderess no Fest Rock Brasília 2025 | Foto Esdras Junior (@eje.producer)

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