As Lendas Urbanas Mais Bizarras (e Inesquecíveis) da História do Rock

Teorias absurdas, histórias mal contadas e mitos que ajudaram a moldar o imaginário do rock ao longo das décadas

LISTAS

Redação - SOM DE FITA

6/24/2025

Desde os primórdios do rock and roll, não faltam histórias curiosas, exageradas ou completamente inventadas que ganharam vida própria com o passar dos anos. Alimentadas por boatos, revistas sensacionalistas e fóruns da internet, essas lendas urbanas se tornaram parte do folclore da música — mesmo quando já foram desmentidas.

Algumas dessas histórias são tão absurdas que é difícil acreditar que alguém as levou a sério. Outras permanecem envoltas em mistério, contribuindo para a mística de seus protagonistas. A seguir, relembramos algumas das lendas mais famosas que circulam no universo do rock.

1. Marilyn Manson removeu costelas para se autochupar

Essa talvez seja a mais famosa lenda urbana da música nos anos 90. Segundo o boato, o cantor Marilyn Manson teria removido cirurgicamente suas costelas inferiores para conseguir se autoestimular oralmente. A história se espalhou com força entre adolescentes e ganhou ainda mais fôlego com a aura transgressora do artista.

Manson já negou a história diversas vezes em entrevistas, chamando-a de absurda e reforçando que nunca passou por nenhum procedimento do tipo. A lenda, porém, continua viva como exemplo de como o sensacionalismo pode moldar a imagem de um artista.

2. Paul McCartney morreu e foi substituído

A chamada “teoria Paul is dead” surgiu em 1969 e afirma que Paul McCartney teria morrido em um acidente de carro em 1966. Desde então, os Beatles teriam colocado um sósia no lugar, supostamente chamado William Campbell. Fãs apontam pistas em capas de discos, letras enigmáticas e até diferenças físicas em Paul para sustentar a teoria.

Apesar de ser completamente infundada, a teoria permanece popular e já virou tema de documentários, livros e programas de TV. O próprio McCartney chegou a brincar com o boato anos depois.

3. Ozzy Osbourne mordeu a cabeça de um morcego

Essa é uma das poucas histórias desta lista que realmente aconteceu — ainda que com detalhes distorcidos. Em 1982, durante um show em Iowa, Ozzy Osbourne mordeu a cabeça de um morcego, pensando que era um brinquedo jogado no palco.

O animal era real e, após o episódio, Ozzy precisou tomar uma série de vacinas contra a raiva. O momento ajudou a consolidar a imagem de “príncipe das trevas” do vocalista e se tornou uma das cenas mais lembradas do rock.

4. Keith Richards trocou todo o sangue para se livrar das drogas

Durante os anos 70, circulou o boato de que Keith Richards, guitarrista dos Rolling Stones, teria feito uma transfusão completa de sangue na Suíça para “zerar” os efeitos das drogas em seu corpo. A história viralizou e virou parte da mitologia da banda.

Richards, conhecido por seu humor ácido, já ironizou a história diversas vezes, dizendo que, se isso fosse possível, “todo mundo estaria fazendo o mesmo”. A lenda nunca foi confirmada — e provavelmente é apenas isso: uma boa lenda.

5. KISS significa "Knights In Satan's Service"

Nos anos 70 e 80, setores mais conservadores e religiosos nos Estados Unidos passaram a dizer que o nome da banda KISS significava “Knights In Satan's Service” (Cavaleiros a Serviço de Satã). A associação com o satanismo surgiu por conta da maquiagem, do visual exagerado e das performances incendiárias da banda.

Na realidade, os próprios membros da banda já afirmaram que o nome KISS foi escolhido simplesmente por ser curto, marcante e fácil de lembrar. A sigla nunca teve nenhum significado oculto.

6. Gene Simmons removeu as costelas também (e tem uma língua cirurgicamente modificada)

Na esteira da lenda de Marilyn Manson, surgiu uma variação envolvendo Gene Simmons, baixista do KISS. Boatos diziam que ele também teria removido costelas ou passado por cirurgia para aumentar o tamanho da língua. Tudo mentira.

A língua de Simmons é naturalmente grande — um traço genético que virou marca registrada do músico — e nunca houve cirurgia envolvida, segundo o próprio.

7. Robert Johnson vendeu a alma ao diabo

Essa é uma lenda mais antiga e profundamente enraizada no imaginário do blues e do rock. Segundo o mito, Robert Johnson, ícone do blues dos anos 30, teria feito um pacto com o diabo numa encruzilhada no sul dos Estados Unidos para se tornar um músico lendário.

Embora não haja evidência alguma de pacto, a lenda atravessou gerações e foi absorvida pela cultura pop, alimentando a aura mística em torno do blues e influenciando diversos músicos.

8. A capa de “Hotel California” mostra um ritual satânico

O clássico álbum “Hotel California”, dos Eagles, também foi alvo de especulações. Alguns acreditam que a figura sombria no topo da sacada na capa seria Anton LaVey, fundador da Igreja de Satã, e que a música faria referência a rituais secretos.

Os integrantes da banda sempre negaram qualquer relação com o satanismo e afirmaram que a música é uma metáfora sobre o vazio do sucesso e os excessos da indústria musical.

Considerações finais

As lendas urbanas são parte da cultura do rock — e, em muitos casos, ajudaram a criar ou consolidar a imagem de determinados artistas. Mesmo desmentidas, continuam sendo comentadas, adaptadas e recontadas por fãs de todas as idades.

Embora seja importante separar os fatos da ficção, é inegável que essas histórias contribuíram para a mística e a irreverência do rock ao longo do tempo.

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