O AC/DC fez uma apresentação explosiva para cerca de 50 mil pessoas em Cleveland, Ohio, na última quarta-feira (28), encerrando a etapa norte-americana da turnê Power Up. Mas, ao invés de apenas celebrarem o show, muitos fãs americanos passaram a se perguntar: será que essa foi a última vez que viram a lendária banda ao vivo nos Estados Unidos?

A dúvida ganha força principalmente pelas ausências no palco. Atualmente, apenas Angus Young e Brian Johnson seguem ativos na formação mais emblemática da banda. O baixista Cliff Williams se aposentou das turnês em 2024, e o baterista Phil Rudd, embora ainda oficialmente parte do grupo, não tem se apresentado para cuidar da esposa, que enfrenta um câncer. Já Malcolm Young, um dos fundadores, faleceu em 2017 e vem sendo substituído por seu sobrinho, Stevie Young.

Apesar do lançamento do álbum Power Up (2020), criado como tributo a Malcolm, e da boa recepção da turnê recente, a realidade é que as aparições ao vivo do AC/DC têm se tornado cada vez mais escassas. Houve um hiato de sete anos entre as turnês Stiff Upper Lip (2000–2001) e Black Ice (2008–2010), e a banda voltou aos palcos em 2015 com a Rock or Bust Tour, que também não se estendeu muito além de 2016.

A ausência de datas para a América do Sul também chama atenção. Há anos circulam rumores sobre uma vinda ao Brasil, especialmente para grandes festivais, mas nada saiu do papel. E com as dificuldades logísticas e de saúde dos integrantes, essa vinda parece cada vez mais distante.

Ainda assim, o último show nos EUA foi um verdadeiro presente para os fãs. A apresentação, disponível no YouTube, trouxe clássicos como “Back in Black”, “Highway to Hell”, “You Shook Me All Night Long” e “For Those About to Rock (We Salute You)” em uma performance que mostrou que, mesmo com os anos pesando, a energia do AC/DC segue viva.

A pergunta que fica no ar agora é: será que ainda teremos a sorte de ver esse ícone do rock em solo brasileiro mais uma vez?

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