
A Ascensão de The Velvet Sundown: A Banda Misteriosa com Meio Milhão de Ouvintes Suspeita de Ser Criada por Inteligência Artificial
Com dois álbuns lançados e presença em playlists de sucesso, projeto intriga o mercado musical por apresentar indícios de geração por IA e levanta debates sobre o futuro da música digital.
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Redação - SOM DE FITA
7/1/2025




Nas últimas semanas, um nome até então desconhecido passou a figurar com destaque nas plataformas de streaming: The Velvet Sundown. Com uma sonoridade que remete ao rock psicodélico dos anos 70, a banda acumula mais de 550 mil ouvintes mensais no Spotify — um feito expressivo para um grupo sem histórico de shows, entrevistas ou presença nas redes sociais. O mistério em torno da banda, no entanto, vai além do anonimato: indícios apontam que ela pode ter sido criada por inteligência artificial.
O projeto lançou dois álbuns em junho de 2025: Floating on Echoes e Dust and Silence. As faixas, que combinam riffs nostálgicos com vocais melancólicos, começaram a surgir em playlists populares como Vietnam War Music e The OC Soundtrack, impulsionando a audiência da banda de forma exponencial.
Fotos suspeitas e integrantes inexistentes
Outro ponto que despertou atenção dos internautas foi a aparência artificial das imagens promocionais dos supostos integrantes da banda. Nomes como Gabe Farrow e Milo Rains não possuem histórico online, e as fotos disponíveis apresentam características comuns de imagens geradas por IA. Nenhum dos membros parece ter presença digital em redes sociais, sites de música ou registros anteriores.
Plataformas e o debate sobre transparência
Embora serviços como o Deezer tenham começado a rotular músicas como potencialmente criadas por inteligência artificial, o Spotify — onde a banda se popularizou — ainda não oferece qualquer informação clara sobre o uso de IA nas faixas. Essa falta de transparência gerou debates na comunidade musical e também nas redes sociais, onde usuários questionam a legitimidade do projeto.
No Reddit, o caso ganhou força, com comentários que vão do espanto ao desconforto: “Descobri essa banda no Discover Weekly e agora estou em dúvida se era tudo real ou só um algoritmo bem treinado”, disse um usuário. Outros comentam que, mesmo sendo artificial, a música “é melhor que muita coisa feita por humanos”.
Um sinal de alerta para a indústria da música?
Especialistas alertam que casos como o de The Velvet Sundown podem se tornar cada vez mais frequentes. O uso de inteligência artificial para gerar músicas completas, com vocais, instrumentais e até identidade visual, já é uma realidade tecnológica acessível. No entanto, ainda há pouca regulamentação e transparência quanto à origem desse conteúdo nas principais plataformas.
A ascensão meteórica da banda, que parece ter sido moldada para agradar algoritmos e se infiltrar em playlists temáticas, levanta preocupações legítimas sobre o espaço dos artistas humanos e os rumos da criatividade musical na era digital.
Se The Velvet Sundown for realmente um experimento de IA, ele já se tornou um dos mais bem-sucedidos até agora. Mais do que uma curiosidade, o caso abre uma nova fase na relação entre tecnologia e arte — e nos força a repensar como consumimos e valorizamos a música que chega até nossos ouvidos.
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