8 Parcerias Musicais que Ninguém Entendeu (e Continuam sem Entender)

Quando o encontro entre artistas virou mais mistério do que música

LISTAS

Redação - SOM DE FITA

6/20/2025

A música é cheia de encontros improváveis. Às vezes, o resultado surpreende e encanta. Outras, só confunde. Alguns artistas se unem por afinidade criativa. Outros, por marketing, gravadoras ou modismos. Mas existem parcerias que, até hoje, ninguém entendeu direito — nem o público, nem os críticos. E talvez nem os próprios músicos.

A seguir, listamos 8 colaborações musicais reais que deixaram todo mundo de sobrancelha levantada. Sim, todas elas aconteceram de verdade.

1. Metallica e Lou Reed – Lulu (2011)

Essa parceria ainda divide opiniões. Lou Reed, ícone da contracultura e da música experimental, se juntou à banda de metal Metallica para lançar Lulu, um álbum conceitual sombrio e caótico. Com letras inspiradas em peças expressionistas e instrumentais pesados, o disco recebeu duras críticas. A faixa “I Am the Table” virou meme. Para muitos, a união foi uma colisão mal executada entre dois mundos incompatíveis.

2. Roberto Carlos e Jennifer Lopez – “Chegaste” (2016)

A balada romântica bilíngue entre Roberto Carlos e Jennifer Lopez prometia ser um marco, mas o resultado deixou o público confuso. “Chegaste” mistura português e inglês, mas a química entre os dois artistas quase não se percebe. A tentativa de emocionar um público global soou artificial e acabou não tendo destaque nem nas paradas brasileiras nem nas internacionais.

3. Ivete Sangalo e James Morrison – “I’ve Got You” (2010)

Essa parceria surpreendeu muitos fãs. Ivete, estrela do axé e pop nacional, gravou uma música romântica e contida ao lado do cantor britânico James Morrison. A faixa está no álbum Real Fantasia (Deluxe). A escolha de Morrison como parceiro soou deslocada para boa parte do público brasileiro, que não conhecia seu trabalho. E para os fãs de Morrison, Ivete era uma figura totalmente fora do radar. O dueto, apesar de bem produzido, passou despercebido e gerou mais perguntas do que impacto.

4. Pitty e Elza Soares – “Na Pele” (2017)

A união de duas potências femininas foi cercada de expectativa. Pitty trouxe o peso do rock; Elza, a voz da resistência e da reinvenção. A música, densa e politizada, trata de identidade e resistência. Mas o resultado dividiu opiniões: a intensidade de Elza parecia atropelar os momentos mais introspectivos da canção. Muitos ouviram com respeito, mas poucos entenderam como os estilos se conectavam.

5. Claudia Leitte e Pitbull – “Corazón” (2015)

Numa tentativa de inserção no mercado internacional, Claudia Leitte se uniu ao rapper Pitbull para um hit latino-pop. “Corazón” tinha todos os ingredientes de uma música de verão — batida chiclete, refrão trilingue e produção globalizada. Mas a faixa não decolou. A química inexistente e a cara de produto enlatado fizeram o público virar os olhos (e os ouvidos) rapidamente.

6. Sepultura e Zé Ramalho – “A Dança das Borboletas” (Ao Vivo, 2015)

No festival João Rock, o Sepultura convidou Zé Ramalho para uma performance histórica. Juntos, tocaram “A Dança das Borboletas”. O choque entre o som pesado da banda e o vocal místico de Zé resultou em uma experiência musical ousada. Para uns, foi arte em sua forma mais crua; para outros, uma junção sem sentido. Mas que foi marcante, isso ninguém discute.

7. Bonde do Rolê e Diplo – With Lasers (2007)

O Bonde do Rolê já era conhecido por seu funk debochado quando se uniu ao produtor americano Diplo. O disco With Lasers foi lançado com apoio internacional e misturava funk carioca, rock, electro e ritmos regionais. A recepção foi tão dividida quanto o próprio som do álbum. O projeto virou cult, mas muita gente achou simplesmente esquisito.

8. Ney Matogrosso e Pedro Luís – Vagabundo (2004)

O disco Vagabundo, feito por Ney Matogrosso e o grupo Pedro Luís e A Parede, uniu a teatralidade de Ney com o groove percussivo urbano da banda. A mistura resultou em um trabalho inventivo, porém difícil de rotular. Alguns o consideram uma obra-prima de fusão cultural; outros, um experimento estranho. De todo modo, foi um projeto fora do convencional — e que muita gente até hoje tenta entender.

Conclusão

Essas parcerias provam que nem todo encontro de grandes nomes gera grandes resultados. Às vezes, a intenção é boa, a execução é caprichada... mas a alma da música se perde no meio do caminho. E tudo bem — é esse tipo de risco que também movimenta a arte.

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